Parece que o mercado imobiliário resolveu dar uma reviravolta surpreendente — e quem estava esperando preços mais amigáveis pode ter que repensar suas estratégias. Os números de setembro chegaram com uma notícia que, convenhamos, não era totalmente esperada por muitos especialistas.
Segundo o Índice FipeZap, aquela ferramenta que mede a temperatura do setor com a precisão de um termômetro clínico, os preços de venda dos imóveis no Brasil subiram 0,57% no mês passado. Não é nenhum foguete lunar, mas considerando o momento econômico que vivemos, até que é uma evolução digna de registro.
Os números que estão fazendo barulho
Quando você para para analisar friamente — coisa que o mercado imobiliário nem sempre permite — os dados revelam movimentos interessantes. O acumulado dos últimos doze meses agora mostra uma variação positiva de 2,11%, o que significa que aquele tombo que assustou todo mundo no começo do ano está sendo, aos poucos, superado.
E tem mais: comparando com setembro do ano passado, a alta foi de 1,98%. Parece pouco? Talvez. Mas no mundo dos negócios imobiliários, onde cada decimal conta, isso pode ser a diferença entre fechar ou não um contrato.
E as capitais? Como ficaram?
Aqui a coisa fica ainda mais curiosa. Das 27 capitais brasileiras — sim, incluindo Brasília, que tecnicamente não é capital, mas todo mundo trata como se fosse — 18 registraram altas nos preços. É como se o mercado estivesse acordando de um sono profundo, mas ainda com um pé na cama.
As estrelas do mês foram Porto Velho, que disparou 3,37%, e Rio Branco, com 2,28%. Quem diria, não? Enquanto isso, São Paulo e Rio de Janeiro, aquelas que sempre roubam a cena, ficaram com aumentos mais modestos — 0,29% e 0,26%, respectivamente. Às vezes as surpresas vêm justamente de onde menos esperamos.
O que está por trás desses números?
Bom, se você me perguntar minha opinião — e mesmo que não pergunte, vou dar —, vários fatores estão cozinhando essa sopa. Os juros começando a dar uma trégida, a economia mostrando sinais de que quer melhorar (mesmo que a passos de tartaruga) e, vamos combinar, o brasileiro nunca perde totalmente a esperança de ter seu cantinho próprio.
Mas calma lá que não é festa ainda. Algumas capitais ainda patinam no negativo, como Florianópolis (-1,04%) e Vitória (-0,79%). O mercado, como sempre, é uma montanha-russa — tem altos e baixos, e quem embarca precisa ter estômago forte.
O fato é que setembro trouxe um sopro de otimismo para corretores e proprietários. Resta saber se é apenas um suspiro temporário ou o início de uma recuperação mais consistente. Só o tempo — e os próximos números — dirão.
