
Quem diria que um dia os estúdios — aqueles espaços minúsculos que mal cabem uma cama e um fogão — seriam disputados a tapa? Pois é, em Santa Catarina, esses imóveis compactos viraram o novo tesouro dos investidores. E o mais curioso: a elite está de malas prontas para morar neles!
O fenômeno dos 'micro-luxos'
Não é brincadeira. Enquanto uns ainda torcem o nariz para apartamentos pequenos, os catarinenses mais abastados estão trocando mansões por estúdios de alto padrão. Parece contraditório? Talvez. Mas a lógica é simples: praticidade acima de tudo.
"A gente cansa de tanta escada", confessa uma herdeira de família tradicional que acabou de comprar seu terceiro estúdio em Florianópolis. "Entre ficar duas horas no trânsito ou ter tudo a 15 minutos a pé, a escolha é óbvia."
Os números não mentem
- Vendas de estúdios subiram 37% no último ano
- Preços por m² já superam os de apartamentos convencionais em bairros nobres
- Tempo médio no mercado caiu de 6 meses para apenas 3 semanas
E não pense que é só modinha passageira. Construtoras estão investindo pesado em projetos com áreas comuns luxuosas — piscinas infinitas, salões gourmet, espaços coworking — para compensar a falta de metros quadrados privativos.
Quem está por trás dessa revolução?
Dois perfis dominam a demanda: jovens profissionais digitais (que podem trabalhar de qualquer lugar) e... aposentados ricos! Sim, aqueles mesmos que antes só pensavam em casas com quintais enormes.
"Depois que os netos cresceram, pra que tanta sala?", questiona um ex-executivo de 68 anos enquanto mostra orgulhoso seu novo "ninho" de 45m² com vista para o mar. "Agora vivo como turista permanente."
E você? Ainda acha que tamanho é documento? Em Santa Catarina, pelo menos, o conceito de lar está sendo reinventado — um metro quadrado de cada vez.