
E aí, o que parecia um tremor distante virou um terremoto aqui do lado. A notícia chegou como um daqueles golpes que a gente até espera, mas nunca acredita que vai acontecer de verdade. Uma empresa de Santa Catarina – aquela que todo mundo conhece, mas prefere não citar o nome agora – acabou de anunciar uma redução brutal no quadro de funcionários.
E o motivo? Bem, a culpa não é exatamente dela. Quem puxou o gatilho foram os Estados Unidos, com aquelas tarifas de importação que parecem saídas de um filme de guerra comercial. Do dia para a noite, ficou inviável manter a produção no mesmo ritmo. E as pessoas, é claro, pagam o pato.
Mas como foi que a coisa degringolou?
Pois é. A empresa, que sempre exportou uma parte considerável do que produz, se viu encurralada pela nova política comercial americana. De repente, os produtos fabricados aqui perderam competitividade lá fora. E quando o buraco aperta, a faca do corte vem primeiro.
Não foi algo gradual, não. Foi daquele jeito que dói na alma: reunião coletiva, aviso na hora, e um pacote de demissão em cima da mesa. Tem gente que dedicou anos à companhia e agora se vê, do nada, reavaliando a vida profissional.
E o que dizem por aí?
Os sindicatos já estão se mobilizando – e não é pouco. A gente ouve termos como "absurdo", "injustiça" e " falta de diálogo". Mas a empresa alega que não havia alternativa. Ou cortava custos drasticamente, ou arriscava fechar as portas. Uma escolha entre o ruim e o pior, como diria meu avô.
E não para por aí. Especialistas já veem isso como um sinal alarmante. Se uma empresa estabilizada e conhecida tomou uma medida dessas, quem garante que outras não farão o mesmo? O clima por aqui é de apreensão. Muita gente com medo de que a onda não pare por aqui.
Ah, e tem mais: a indefinição política e econômica entre Brasil e EUA só piora a situação. Ninguém sabe ao certo como isso vai desenrolar. Será que é temporário? Vai piorar? Quem segura a barra são os trabalhadores e suas famílias.
Enquanto isso, o governo estadual diz que está acompanhando – mas, convenhamos, acompanhar todo mundo acompanha. O que a gente precisa é de ação. De propostas. De saídas.
Uma coisa é certa: o baque foi grande. E o receio de que mais empresas sigam o mesmo caminho não é exagero – é, infelizmente, uma possibilidade real.