
E aí, vamos conversar sobre uma coisa que afeta diretamente o bolso – e o estômago – de milhões de brasileiros? Pois é, o presidente Lula resolveu mexer num vespeiro: as regras que comandam os vales-refeição e alimentação. A notícia chegou com tudo nesta segunda-feira (1º) e já está dando o que falar.
Não é brincadeira não. A ideia, que ainda está sendo costurada nos bastidores do Planalto, quer basicamente modernizar uma legislação que, convenhamos, já está mais do que ultrapassada. A gente vive num mundo digital, de delivery e compras online, mas as regras desses benefícios parecem ter parado no tempo.
O que está na mesa?
O cerne da questão é simples, mas espinhoso: ampliar onde e como os trabalhadores podem gastar esse dinheiro. Imagina só poder usar o VR não só no restaurante da esquina, mas também no mercadinho do bairro para comprar aquele pãozinho fresco ou até mesmo num aplicativo de delivery num dia daqueles de correria. Essa é a direção.
O governo argumenta – e com certa razão – que a flexibilização é uma resposta aos novos tempos. A forma como a gente consome comida mudou radicalmente. Quem nunca pediu um almoço por app no meio de um home office? A legislação atual, no entanto, não acompanhou esse ritmo.
E os empregadores, o que acham?
Bom, esse é o ponto que mais vai esquentar a discussão. De um lado, a turma que defende que mais liberdade para o trabalhador é sempre bom. Do outro, quem bate na tecla dos custos. Afinal, será que abrir a porteira para mais estabelecimentos não vai significar um aumento no valor do benefício para as empresas? A conta, no final das contas, precisa fechar para todo mundo.
É aquela velha história: todo mundo quer o melhor para o funcionário, mas sem quebrar o caixa da empresa. Encontrar esse equilíbrio vai ser o grande desafio do governo. Lula, velho lobo do mar da política, sabe que vai ter que negociar muito para fazer essa proposta sair do papel.
O que me parece é que estamos diante de uma tentativa genuína de atualizar uma ferramenta importantíssima para a segurança alimentar de quem trabalha. Num país onde muita gente ainda depende desse auxílio para fazer as refeições do dia, modernizar não é luxo, é necessidade.
Fiquemos de olho. Essa discussão promete render muitas páginas nos jornais e muito debate nas mesas de bar – e, quem sabe, até nas filas do cartão de alimentação.