
Parece que foi num piscar de olhos. Um estalo de dedos. O Itaú — aquele gigante bancário que a gente sempre vê como uma fortaleza impenetrável — tomou uma das decisões mais duras do mundo corporativo recente: cortar mil postos de trabalho. E o tempo que levaram para chegar a essa conclusão? Bem, é de deixar qualquer um de queixo caído.
Segundo apurou a coluna Radar Econômico, da Veja, a alta cúpula do banco não ficou meses remoendo a ideia. Não foi aquela deliberação lenta e dolorosa que a gente imagina quando se fala em demitir tanta gente. Pelo contrário. Tudo aconteceu numa velocidade de tirar o fôlego — coisa de poucos dias, na verdade.
É aquela coisa: quando o assunto é ajuste de contas, os grandes players não costumam perder tempo. E olha, não é como se fosse uma surpresa completa, sabe? O mercado financeiro anda numa montanha-russa há tempos, com juros altos, inflação teimosa e uma economia que não decola como deveria. Ainda assim, a frieza dos números impressiona.
Mas por que tão rápido?
Boa pergunta. Especula-se — porque é sempre especulação, né? — que a pressão por resultados trimestrais mais atraentes falou mais alto. Acionistas não têm muito paciência para esperar, e quando a rentabilidade dá sinais de cansaço, a tesoura aparece. E aparece rápido.
O pior de tudo? Muitos desses funcionários provavelmente nem desconfiavam. Um dia estão lá, trabalhando normalmente, e no seguinte… bom, você sabe. O baque deve ter sido brutal.
O Itaú, como era de se esperar, emitiu aquele comunicado padrão de sempre: fala em "reestruturação operacional", "otimização de recursos" e "manutenção da competitividade no longo prazo". Coisas que soam bem num slide de PowerPoint, mas que doem na vida real de mil famílias.
E o que isso significa para o resto de nós?
É um sinal amarelo — quiçá vermelho — para o mercado. Se um banco desse tamanho, lucrativo como poucos, recorre a cortes tão amplos e tão rápidos, é porque a coisa deve estar feia mesmo lá nos bastidores. Será que outros grandes players vão seguir o mesmo caminho? A pergunta paira no ar, e a resposta ninguém tem.
Uma coisa é certa: a tal "retomada verde e amarela" ainda parece distante para muitos trabalhadores. E histórias como essa nos lembram, de forma crua, que na engrenagem do capitalismo, às vezes pessoas viram números. E números, a gente sabe, são cortados com agilidade impressionante.