
O Brasil está afundando num mar de burocracia e injustiça fiscal — e quem mais sofre são justamente aqueles que menos podem pagar. Foi o que deixou claro Marcio Pochmann, presidente do IBGE, numa conversa franca que teve mais verdades do que declaração de imposto de renda.
"Nosso sistema tributário é uma colcha de retalhos que só serve pra esquentar a cabeça do contribuinte", disparou o economista, sem papas na língua. Segundo ele, enquanto os mais ricos nadam em brechas legais, o trabalhador comum se afoga em taxas que consomem até 30% da sua renda.
O peso que não deveria ser igual
Você sabia que um brasileiro que ganha 2 salários mínimos paga proporcionalmente mais impostos que um milionário? Pois é — parece piada, mas é a triste realidade. Pochmann explica: "Tem gente pagando almoço de rico com arroz de pobre".
Os números não mentem:
- Consumo responde por 70% da carga tributária
- Renda e patrimônio ficam com míseros 30%
- Para cada R$100 em compras, R$40 vão direto pros cofres públicos
Enquanto isso, países desenvolvidos fazem diferente — lá, quem tem mais, paga mais. Simples assim. Mas aqui? Aqui a gente inventou moda.
Reforma ou remendo?
Todo governo promete, mas quando chega na hora H... "É como trocar o pneu com o carro andando", compara Pochmann. A última tentativa engatinhou no Congresso e acabou virando aquela velha história: muito barulho por nada.
O especialista não tem ilusões: "Sem mexer nesse vespeiro, vamos continuar patinando no desenvolvimento". E adivinha quem paga o pato? Exato — você, eu, o padeiro da esquina.
Será que 2025 será diferente? Bom, como diz o ditado: "Esperança é a última que morre — e a primeira a ser taxada".