
Parece que finalmente pode estar chegando a hora de respirarmos aliviados quando o assunto é Imposto de Renda. A Câmara dos Deputados está com uma proposta nas mãos que, se aprovada, vai fazer uma diferença danada no orçamento de milhões de brasileiros.
Estamos falando de nada menos que a isenção completa do IR para quem recebe até cinco mil reais por mês. Cinco mil! É dinheiro que volta para o bolso de quem mais precisa, se é que me entendem.
O que muda na prática?
Olha só como está hoje: a isenção vale apenas para quem ganha até R$ 2.112. Qualquer centavo acima disso já começa a ser taxado. Agora imagina pular direto para R$ 5 mil de faixa de isenção? A mudança é brutal.
Segundo os cálculos que estão circulando por aí, estamos falando de algo em torno de 20 milhões de pessoas que deixariam de pagar o imposto. Vinte milhões! É gente pra caramba saindo dessa enrascada tributária.
Mas calma, não é tão simples assim
É claro que nada na política é simples — e quando envolve dinheiro público, menos ainda. O governo já começou a fazer aquela cara preocupada, alertando que a medida criaria um rombo de R$ 40 bilhões nos cofres públicos.
Quarenta bilhões não é brincadeira, convenhamos. O Ministério da Fazenda já está com os cabelos em pé, imaginando de onde vai tirar essa grana toda.
E tem mais: a proposta também mexe nas faixas de quem continua pagando. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 10 mil pagaria apenas 15%, enquanto os que recebem acima de R$ 10 mil teriam alíquota de 25%. Parece justo, não?
O jogo político por trás da proposta
Ah, a política... Sempre ela. O projeto tem apoio de partidos de oposição, mas o governo está com o pé atrás. E não é difícil entender porquê — R$ 40 bilhões é dinheiro que faz falta em qualquer orçamento.
O que me preocupa é que essas discussões costumam emperrar no vai e vem das negociações. Todo mundo quer ajudar o contribuinte, mas ninguém quer abrir mão da receita. É o eterno dilema brasileiro.
Enquanto isso, nós, meros mortais, ficamos na expectativa. Será que dessa vez vai? Ou é mais uma daquelas promessas que acabam morrendo na praia?
E os especialistas, o que dizem?
Bom, tem de tudo um pouco. Alguns economistas defendem que a medida aquece a economia — afinal, dinheiro no bolso do trabalhador é dinheiro que circula. Outros alertam para o risco fiscal, que não é pequeno.
Particularmente, acho que vale a pena pelo menos discutir a fundo. O sistema tributário brasileiro é uma das coisas mais complicadas desse planeta — quem nunca ficou perdido tentando entender aquela tabela do IR?
Simplificar e dar alívio para quem ganha menos parece fazer todo sentido. Mas e você, o que acha? Vale o risco?
O certo é que a discussão está esquentando no Congresso. E dessa vez, diferente de outras propostas que ficaram só no papel, parece que há um interesse real em avançar. Resta saber até onde vão as boas intenções quando esbarraram na realidade do orçamento.
Enquanto isso, vamos acompanhando. Porque quando o assunto é dinheiro no bolso, todo mundo vira especialista — e com razão!