Vale aprova distribuição de R$ 15,3 bilhões em dividendos e JCP
Vale distribuirá R$ 15,3 bi em dividendos e JCP

O conselho de administração da Vale autorizou nesta quinta-feira uma expressiva distribuição de recursos aos seus acionistas, aprovando o pagamento de R$ 3,58 por ação, tanto para as ordinárias quanto para as preferenciais de classe especial.

Valores e cronograma de pagamentos

Considerando o total de ações em circulação da empresa, o montante a ser distribuído alcança aproximadamente R$ 15,3 bilhões, com os pagamentos programados para ocorrer entre os meses de janeiro e março de 2025.

A mineradora estabeleceu um calendário específico para os desembolsos: em 7 de janeiro será realizado o pagamento de R$ 1,24 por ação na forma de dividendos. Posteriormente, em 4 de março, os acionistas receberão mais R$ 0,77 por ação em dividendos, além de R$ 1,57 por ação referentes a juros sobre capital próprio (JCP).

Contexto financeiro e políticas da empresa

Em fato relevante divulgado ao mercado, a Vale explicou que os dividendos e JCP foram declarados com base no balanço de 30 de setembro de 2025 e representam uma antecipação da destinação do resultado do exercício de 2025. Esta distribuição contempla a remuneração mínima prevista na Política de Remuneração aos Acionistas da companhia.

O robusto desempenho financeiro da empresa nos primeiros nove meses do ano reforça a capacidade de distribuição desses valores. No período, a Vale registrou um lucro líquido de US$ 6,2 bilhões, demonstrando a saúde financeira da operação.

Considerações adicionais

A empresa ponderou que poderá ser necessário anunciar uma "pequena variação" no valor por ação a ser pago até as datas de corte. Esta possibilidade decorre do programa de recompra de ações em vigor, que impacta o número de ações em tesouraria e, consequentemente, o cálculo final por papel.

Esta movimentação financeira ocorre paralelamente aos investimentos da empresa em novos projetos, como a Mina Capanema em Ouro Preto, que promete investimentos da ordem de R$ 67 bilhões, demonstrando o equilíbrio entre retorno aos acionistas e crescimento dos negócios.