
Não é segredo que o dólar nas alturas tem deixado muitos exportadores de cabelo em pé. Pensando nisso, o governo de São Paulo decidiu dar uma mãozinha — ou melhor, um fôlego financeiro — para as empresas do interior que dependem do comércio exterior.
A novidade, anunciada nesta quinta (1°), é uma linha de crédito emergencial com juros abaixo do mercado. O programa, batizado de "Exporta SP", vai injetar R$ 500 milhões para ajudar companhias a segurar as pontas enquanto a maré cambial não baixa.
Como vai funcionar na prática?
Olha só que interessante: as taxas variam conforme o tamanho da empresa. Micro e pequenas pagam apenas 75% da TJLP, enquanto as médias ficam com 85%. Diferença que no final do mês faz falta — ou deixa de fazer, nesse caso.
- Prazo de até 36 meses
- Carência de 6 meses
- Limite de R$ 5 milhões por operação
"Quando o vento está contra, ou você abaixa as velas ou arruma um motor auxiliar", comparou o secretário de Desenvolvimento Econômico, durante o anúncio em Ribeirão Preto. A região, aliás, concentra boa parte dos beneficiários — afinal, não é à toa que chamam o interior paulista de "celeiro das exportações".
Quem pode participar?
Empresas de todos os setores, desde que:
- Tenham sede no estado há pelo menos 2 anos
- Comprovem atividade exportadora
- Não figurem na lista de inadimplentes
Detalhe curioso: o governo estima que cerca de 1.200 empresas devem correr atrás desse auxílio. E olha que o edital já está disponível — quem chegar primeiro, bebe água limpa, como diz o ditado.
Ah, e tem mais! Parte dos recursos (uns 30%, pra ser exato) está reservada para negócios liderados por mulheres. Iniciativa que, convenhamos, já deveria ser padrão faz tempo.
Enquanto isso, nas ruas de cidades como Campinas e São José do Rio Preto, a reação dos empresários foi de alívio misturado com cautela. "Melhor que nada", resumiu o dono de uma fábrica de máquinas agrícolas, enquanto conferia as taxas no celular. Realidade pura.