
Parece que o Nubank não quer saber de limites. A fintech brasileira, que já conquistou milhões de clientes na América Latina, agora mira um mercado que faz qualquer banqueiro tradicional suar frio: os Estados Unidos.
E quem está no comando dessa jogada arriscada? Nada mais, nada menos que Cristina Junqueira, uma das cofundadoras da empresa. Ela, que já provou ser capaz de desafiar gigantes do setor bancário no Brasil, agora encara seu maior desafio profissional.
Um movimento estratégico
A informação veio à tona através de documentos oficiais. O Nubank submeteu um pedido formal ao Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York. Não é pouca coisa. É como bater na porta do quartel-general do sistema financeiro global.
O que me surpreende é o timing. Enquanto muitas empresas estão recuando em investimentos internacionais, o Nubank faz exatamente o contrário. Eles parecem acreditar que o modelo que funcionou tão bem por aqui pode conquistar os norte-americanos também.
Cristina Junqueira: a mulher por trás da expansão
Cristina não é novata nesse jogo. Ela está no Nubank desde o primeiro dia, quando a empresa era pouco mais que uma ideia ambiciosa. Agora, ela assume publicamente a liderança dessa expansão internacional.
E sabe o que é interessante? Ela não vai cometer o erro clássico de tentar replicar exatamente o mesmo modelo. Em entrevistas anteriores, já deixou claro que entende a necessidade de adaptação. "Cada mercado tem suas peculiaridades", disse certa vez. Sábio.
O que significa isso para o Nubank?
Bom, vamos ser realistas. Operar nos EUA não será um passeio no parque. A concorrência é feroz, a regulamentação é complexa e os consumidores são exigentes. Mas, cá entre nós, se há uma empresa brasileira que tem chance, é essa.
O Nubank já mostrou que sabe fazer diferente. Eles transformaram a experiência bancária no Brasil - quem diria que poderíamos gostar de lidar com banco? Agora, querem fazer o mesmo do outro lado da fronteira.
E os desafios?
Ah, os desafios não serão pequenos. Além da burocracia - que é considerável - terão que convencer os americanos a confiarem em um banco com nome brasileiro. Mas, pensando bem, se conseguiram conquistar os brasileiros desconfiados, por que não tentar com os americanos?
O mercado norte-americano de serviços financeiros está maduro para inovação. Os grandes bancos tradicionais são vistos com desconfiança, especialmente pelos mais jovens. Soa familiar?
Parece que o Nubank identificou uma oportunidade similar à que explorou no Brasil: consumidores insatisfeitos com o establishment bancário.
O que esperar?
Se a licença for aprovada - e isso pode levar meses - veremos uma das expansões internacionais mais ousadas de uma empresa brasileira de tecnologia. Será que o roxo do Nubank vai colorir Wall Street?
Uma coisa é certa: o movimento já está causando burburinho no mercado financeiro internacional. E coloca o Brasil no mapa da inovação financeira global de uma forma que poucas empresas conseguiram.
Resta torcer para que essa aventura americana do Nubank tenha o mesmo sucesso que teve por aqui. Porque, convenhamos, depois de revolucionar o banking brasileiro, por que parar?