
Eis que a Justiça entra em cena e dá um freio de arrumação no tal do "tarifaço" — mas olha só, a comitiva de empresários brasileiros que já estava com as malas prontas para os Estados Unidos não vai cancelar a viagem por causa disso. A decisão, que pegou muita gente de surpresa, simplesmente suspendeu aquele aumento pesado nas tarifas de importação que tinha sido anunciado pelo governo americano. Mas, pelo visto, o show tem que continuar.
Pois é. A confusão começou quando um juiz federal lá do Texas — imagina só — concedeu uma liminar barrando a implementação das novas taxas. A alegação? Que o processo feriu uns trâmites legais, aquela burocracia toda que sempre dá nó em qualquer plano grandioso. Os importadores americanos que entraram com a ação devem estar comemorando, mas e o nosso lado?
Parece que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que organiza a tal missão, tá pouco se lixando para o vai e vem judicial. Eles mantêm o roteiro intacto: embarque na sexta, agenda de reuniões em várias cidades dos EUA e o objetivo claro de faturar negócios e fortalecer laços. Afinal, com ou sem tarifa, o comércio não pode parar, não é mesmo?
— A gente não pode ficar refém de decisões de última hora — comentou um dos integrantes da comitiva, que preferiu não se identificar. — O importante é mostrar que o Brasil é um parceiro sério, independentemente das turbulências.
E não é que ele tem razão? A situação toda ainda é um tanto nebulosa — afinal, decisão judicial nos EUA não é brincadeira, mas também não é definitiva. Pode ser que o governo americano recorra, pode ser que a tarifa volte, pode ser que… bem, pode ser muita coisa. Enquanto isso, a postura do empresariado brasileiro é clara: seguir em frente, com otimismo — e um pé atrás, só por precaução.
Os setores que mais sentiriam o baque com o aumento das tarifas — como agronegócio, manufaturados e tecnologia — são justamente os que mais têm representação na missão. Então dá pra entender a urgência. E o timing? Nem se fala. Mais que oportuno.
No fim das contas, o que prevalece é aquela velha máxima do "faz o que tu queres, pois é tudo da lei". Mas no mundo dos negócios, às vezes, é preciso agir antes que a lei se defina. E essa galera parece ter entendido bem o recado.