Intercement e Credores em Impasse: Assembleia Termina Sem Acordo para Reestruturação no RJ
Intercement: assembleia termina sem acordo com credores

Parece que a Intercement bateu de frente com um muro de concreto – e olha que a empresa entende do assunto. A assembleia geral realizada para acertar as arestas com os credores terminou, digamos, num clima mais cinza que o cimento fresco. Nada de acordo.

O papo era reestruturar uma dívida nada trivial, na casa dos R$ 4.3 bilhões. Imagina a tensão na sala. De um lado, a empresa, tentando respirar aliviada com um plano que alongue os pagamentos. Do outro, os credores, de braços cruzados, esperando uma proposta que não chegou.

O que exatamente deu errado?

Bom, a proposta que a Intercement colocou na mesa não foi nem de longe o que os credores esperavam. A conversa esfriou, e o adiamento foi a única saída – mais uma. A próxima tentativa está marcada para 27 de maio. A pressão só aumenta.

E não é só uma questão de números. A holding, que segura as pontas de várias operações no Brasil, incluindo uma fábrica no Rio, está no olho do furacão. Sem um sim dos credores, o risco de ir para a rota judicial, uma recuperação judicial, fica cada vez mais real. E ninguém quer isso.

E o mercado? Como fica?

O silêncio depois da assembleia foi ensurdecedor. Nenhum comunicado oficial, nenhum detalhe sobre os pontos de discórdia. Sabe aquele clima de ‘assunto interno’? Pois é. Isso deixa todo mundo – investidores, mercado, o setor – num limbo desconcertante.

Uma coisa é certa: o setor de construção e materiais está de olho. A Intercement é grande, relevante. Qualquer tropeço seu ecoa por todo o mercado. A pergunta que fica é: a empresa conseguirá costurar um acordo na próxima tentativa, ou o buraco é mais embaixo?

Só o tempo – e a próxima assembleia – vão dizer. Mas uma coisa é clara: o desfecho dessa novela vai definir muito mais que o futuro de uma empresa.