Chiquinho Sorvetes: Como a marca planeja dominar o mercado brasileiro sem derreter
Chiquinho Sorvetes: estratégias para não derreter no mercado

Num país onde o sol parece brincar de forno elétrico boa parte do ano, a Chiquinho Sorvetes está fazendo muito mais que vender gelato — está montando um império gelado. E olha que a receita deles vai muito além de simplesmente abrir novas lojas.

O plano secreto por trás dos picolés

Enquanto concorrentes tradicionais ainda patinam com estratégias ultrapassadas, a Chiquinho decidiu inovar de um jeito que ninguém esperava. "Não adianta só colocar mais pontos de venda e torcer para dar certo", diz um executivo que preferiu não ter o nome revelado — afinal, segredo industrial é coisa séria.

O que eles estão fazendo de diferente? Bom, para começar:

  • Fábricas regionais para reduzir custos logísticos (e evitar que os produtos virem líquido no caminho)
  • Mix de produtos que varia conforme o clima e cultura de cada região
  • Tecnologia de ponta nos freezers — porque ninguém merece sorvete cristalizado

O desafio do termômetro

Parece óbvio, mas poucos levam a sério: vender sorvete no Nordeste não é a mesma coisa que no Sul. Enquanto em Recife o povo devora picolé de coco queimado como se não houvesse amanhã, em Curitiba os clientes preferem sabores mais "tranquilos" — e em porções menores.

"A gente errou feio no começo", admite o diretor de expansão. "Colocamos o mesmo cardápio em Manaus e Porto Alegre. Foi um desastre." A lição ficou: adaptar ou morrer derretido.

Franquias que não derretem no sol

O modelo de franquia da Chiquinho está dando o que falar. Ao invés daquela receita batida de "pague X e abra sua loja", eles criaram um sistema híbrido que permite:

  1. Quiosques temporários em eventos
  2. Lojas compactas em estações de metrô
  3. Até delivery especializado — com embalagens térmicas que aguentam o tranco do trânsito brasileiro

Resultado? Cresceram 40% no último ano, enquanto o mercado como um todo patinou. Não é pouca coisa num país onde até o sorvete parece suar no verão.

E os concorrentes?

Bem... digamos que estão correndo atrás do prejuízo. Enquanto isso, a Chiquinho já planeja a próxima jogada: uma linha premium com ingredientes brasileiros pouco explorados — cupuaçu do Pará, queijo minas com goiabada de verdade, até cachaça artesanal (para maiores de 18, claro).

Parece que, no fim das contas, o segredo não está só em congelar a mistura, mas em entender o calor humano de cada região. E essa lição, nenhuma máquina de sorvete ensina.