
Imagine um cenário onde o frete da sua mercadoria custa quase metade do preço atual. Parece sonho? Pois é exatamente o que a BR do Mar — aquela velha conhecida dos debates sobre infraestrutura — está prestes a entregar. E olha, não é conversa fiada não.
O que muda na prática?
Desde que o governo federal colocou a mão na massa para regulamentar de vez o programa, os números começaram a fazer sentido. Dados preliminares — aqueles que vazaram de um relatório técnico — mostram que os armadores já estão se coçando para entrar no jogo. E sabe por quê? O negócio é simples: menos burocracia + mais competição = preço lá embaixo.
Não é à toa que o setor de logística tá todo arrepiado. "Quando você tira os entraves que emperravam o cabotagem no país, magicamente os custos despencam", me disse um executivo do setor que preferiu não ter o nome citado (medo de azar, sabe como é).
Os números que impressionam
- Até 60% de redução nas rotas mais competitivas (sim, você leu certo)
- Economia anual estimada em R$ 1,8 bilhão para importadores e exportadores
- Redução de 30% no tempo de entrega em rotas costeiras
Mas calma lá que nem tudo são flores. Tem quem diga — e com certa razão — que a infraestrutura portuária ainda patina. "Sem investimento em terminais, a gente vai criar um gargalo maior que fila de estádio em dia de clássico", resmungou um operador portuário de Santos.
E o consumidor final?
Aqui é onde a coisa fica interessante. Todo mundo sabe que frete mais barato significa preço menor na prateleira — pelo menos em teoria. Na prática? Bem, a gente conhece o jeitinho brasileiro de repassar custos... ou não repassar.
Mas analistas mais otimistas garantem: "Dessa vez é diferente". A combinação de crise econômica + pressão por preços baixos + fiscalização pode finalmente fazer o varejo engolir a seco e repassar a economia. Ou não. Brasil, né?
Uma coisa é certa: se você é dono de empresa que depende de transporte marítimo, vale a pena ficar de olho nessa história. Pode ser a diferença entre fechar as contas no azul ou no vermelho no próximo trimestre.