Mercado reduz projeção de inflação para 2025 e 2026, aponta Focus
Inflação: mercado reduz projeções para 2025 e 2026

Os economistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas expectativas de inflação para os próximos anos, segundo o mais recente relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A pesquisa, realizada com mais de 100 instituições financeiras, mostra um cenário mais otimista para o controle de preços no Brasil.

Queda nas projeções de inflação

As projeções para a inflação em 2025 recuaram de 4,46% para 4,45%, enquanto para 2026 a estimativa caiu de 4,20% para 4,18%. Esta é a primeira vez neste ano que a expectativa de inflação para 2025 fica abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas.

Para os anos seguintes, as projeções se mantiveram estáveis: 3,80% para 2027 e 3,50% para 2028. Vale destacar que, desde o início de 2025, o Brasil adotou o sistema de meta contínua, com objetivo central de 3% e intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Estabilidade no crescimento econômico

Enquanto as projeções de inflação caíram, as expectativas para o crescimento da economia permaneceram inalteradas. O mercado mantém a projeção de crescimento do PIB em 2,16% para 2025 e de 1,78% para 2026.

O Produto Interno Bruto representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador para medir o desempenho da economia brasileira.

Taxa de juros e outras projeções

Os economistas mantiveram suas expectativas para a taxa básica de juros. Para o final de 2025, a projeção segue em 15% ao ano, patamar atual da Selic. Para 2026, a estimativa permanece em 12,25%, e para 2027, em 10,50%.

Outras projeções do mercado financeiro também se mantiveram estáveis:

  • Câmbio: R$ 5,40 para fim de 2025 e R$ 5,50 para 2026
  • Balança comercial: superávit de US$ 62,1 bilhões em 2025 e US$ 66 bilhões em 2026
  • Investimento estrangeiro: entrada de US$ 70,3 bilhões em 2025 e US$ 70 bilhões em 2026

O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), reflete a visão consolidada do mercado financeiro sobre os rumos da economia brasileira nos próximos anos.