Ibovespa sobe 0,33% com foco em inflação do Brasil e PCE dos EUA
Ibovespa avança 0,33% em espera por indicadores econômicos

O Ibovespa, principal índice de ações da B3, registrou valorização de 0,33% nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, encerrando o pregão aos 155,2 mil pontos. Enquanto isso, o dólar apresentou recuo, sendo negociado a R$ 5,38 no fechamento.

Mercado em expectativa por indicadores econômicos

Os investidores demonstram cautela tanto no cenário internacional quanto doméstico, aguardando a divulgação de importantes indicadores econômicos. Nos Estados Unidos, a semana é mais curta devido ao feriado de Ação de Graças na quinta-feira, mas promete movimentações significativas.

Os olhos do mercado internacional estão voltados para o PCE, métrica de inflação preferida do Federal Reserve, além da divulgação do PIB americano referente ao terceiro trimestre. Esses dados serão cruciais para definir os próximos passos da política monetária da maior economia do mundo.

Brasil: inflação em revisão positiva

No front doméstico, o Boletim Focus semanal trouxe uma revisão sutil, mas significativa, nas projeções para o IPCA. Economistas consultados pelo Banco Central ajustaram a expectativa de inflação de 4,46% para 4,45% ao ano.

Esta é a primeira vez em 2025 que os especialistas projetam o índice abaixo do teto da meta de inflação, que é de 3% com limite de tolerância de até 4,5%. "A pesquisa também contribuiu para melhorar o humor dos mercados, ao transmitir uma percepção mais favorável sobre a ancoragem das expectativas de inflação", afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Desempenho dos bancos no pregão

No mercado acionário brasileiro, os papéis dos grandes bancos apresentaram desempenho misto:

  • Itaú (ITUB4): desvalorização de 0,38%
  • Bradesco (BBDC3): baixa de 0,25%
  • Bradesco (BBDC4): leve alta de 0,05%
  • Santander (SANB11): avanço de 0,03%
  • Banco do Brasil (BBAS3): recuo de 0,73%

A semana ainda reserva importantes divulgações no Brasil, incluindo o IPCA-15 na quarta-feira, que serve como prévia oficial da inflação no país, e os dados fiscais na sexta-feira, que devem reforçar a pressão sobre a relação Dívida Bruta/PIB.

O mercado já trabalha com a hipótese de que ajustes estruturais na economia brasileira ficarão para depois, mantendo o cenário de cautela entre os investidores.