Mercado de aluguel de ativos atinge patamar histórico na B3
O mercado brasileiro de empréstimo de ativos de renda variável experimentou um crescimento extraordinário nos últimos 12 meses, registrando um aumento expressivo de 53% no volume negociado na B3. Os números revelam que o montante movimentado saltou de R$ 216 bilhões para R$ 332 bilhões entre outubro de 2024 e outubro de 2025, conforme levantamento do DataWise+.
Quem são os principais players do mercado?
Do lado da demanda, os fundos de investimento emergiram como protagonistas, respondendo por 47% do total de operações realizadas no período. Logo atrás aparecem os investidores não residentes, com participação de 36%, seguidos por instituições financeiras (12%) e pessoas físicas (3%).
Na oferta de ativos para empréstimo, os fundos novamente se destacaram, representando 41% do valor total disponibilizado. As pessoas físicas mostraram forte presença nesse segmento, correspondendo a 33% das ofertas no mercado.
Quais ativos lideram as negociações?
Os instrumentos financeiros que mais se destacaram nas operações de aluguel foram ETFs e ações de alta liquidez. O BOVA11, que replica o desempenho do Ibovespa, assumiu a liderança no ranking das dez maiores operações. Outros papéis que figuraram entre os mais negociados incluem VALE3, PETR4 e ITUB4, demonstrando a preferência por ativos blue chips.
O terceiro trimestre de 2025 consolidou essa tendência de crescimento, com a receita gerada pelos empréstimos de ativos alcançando R$ 76,8 milhões, representando uma alta de 15,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Consolidação de uma alternativa de investimento
Os dados reforçam o avanço consistente da prática de aluguel de ativos no mercado financeiro brasileiro. O estudo aponta para uma participação cada vez mais diversificada de investidores, com diferentes perfis encontrando nesta modalidade uma oportunidade relevante dentro do universo de renda variável.
Essa expansão do mercado reflete a maturidade do ambiente de investimentos no Brasil e consolida o aluguel de ativos como uma alternativa estratégica para otimizar carteiras e gerar retornos adicionais, tanto para investidores institucionais quanto para pessoas físicas.