
E aí, o que esperar do governo Trump 2.0? Parece que a resposta chegou com tudo — e não são boas notícias para quem depende do comércio exterior. Nesta segunda-feira, o ex-presidente, agora de volta à Casa Branca, decidiu sacar da cartola uma medida que promete dar o que falar: tarifas de 10% sobre a madeira importada e nada menos que 25% sobre armários e móveis vindos de fora.
Não é brincadeira não. A coisa é séria e vai pegar em cheio o setor moveleiro — inclusive o brasileiro, que tem exportado cada vez mais para os Estados Unidos. A medida entra em vigor já a partir de 15 de outubro, então o tempo para se adaptar é curto, muito curto mesmo.
E o Brasil com isso?
Pois é, pode parecer distante, mas o Brasil está bem no meio dessa história. Nos últimos anos, nossas exportações de móveis para os americanos cresceram de forma expressiva. Agora, com essa tarifa extra de 25%, a conta pode ficar salgada para os importadores — e, claro, quem paga a conta no final somos nós, os consumidores.
Não é exagero dizer que os preços podem subir consideravelmente. Imagine você comprando aquele armário planejado ou a mesa de jantar dos sonhos — tudo pode ficar mais caro, e muito.
Madeira também na mira
E não para por aí. A madeira, matéria-prima essencial para tantos produtos, também leva sua cota de imposto: 10%. Parece menos, mas no volume que os EUA importam, o impacto é gigantesco. A justificiva? Proteger a indústria nacional e, segundo Trump, "trazer empregos de volta para casa".
Mas será que vai funcionar? A história nos mostra que guerras comerciais raramente têm apenas vencedores. Quando um país ergue barreiras, outros tendem a responder na mesma moeda — e aí, meu amigo, o prejuízo pode ser geral.
O certo é que o setor moveleiro brasileiro precisa se preparar para turbulência. Com custos mais altos, a competitividade pode cair, e as exportações — que vinham numa crescente — podem enfrentar sérios obstáculos.
Resta esperar para ver como o mercado vai reagir. Uma coisa é certa: outubro promete ser um mês quente para o comércio internacional. E o Brasil, querendo ou não, está no olho do furacão.