
Parece que o governo americano decidiu apertar o cerco — mas com uma tesoura cheia de buracos. A famigerada tarifa de US$ 50 sobre importações, que está dando o que falar, tem um detalhe curioso: ela simplesmente ignora alguns produtos estratégicos. Laranja? Passa batido. Aeronaves? Nem viu.
E não é que a lista de "escolhidos" para escapar do aumento tem mais furos que queijo suíço? Enquanto setores como o de alumínio e aço se contorcem com a notícia, outros respiram aliviados — pelo menos por enquanto.
O que ficou de fora — e por que isso importa
Se você acha que política comercial é chata, experimenta ver o Brasil no meio dessa confusão:
- Laranja: Nosso caldo de ouro escapou ileso — e olha que somos o maior exportador mundial do suco
- Aeronaves: A Embraer deve ter soltado um "ufa" audível até em Washington
- Produtos químicos específicos: Alguns insumos industriais ganharam passe livre
Mas calma lá! Antes de comemorar, é bom lembrar que o diabo mora nos detalhes — e nesse caso, nos 25% de aumento que pegaram outros setores brasileiros.
Efeito dominó na economia
O pessoal do agronegócio tá com a pulga atrás da orelha. Afinal, quando os EUA espirram, o Brasil pega pneumonia comercial. Os números não mentem:
Em 2024, o país exportou US$ 32 bilhões em produtos afetados — quase 10% do total. Agora imagine esse bolo encolhendo...
"É uma faca de dois gumes", comenta um economista que prefere não se identificar. "Por um lado, alivia alguns setores. Por outro, pode desequilibrar toda a cadeia produtiva."
E você, acha que o governo brasileiro deveria retaliar ou jogar o jogo da diplomacia? Difícil, né? Enquanto isso, os preços no varejo já começam a sentir o baque.