CNI Desembarca nos EUA em Missão Crítica para Barrar Tarifaço de Trump
CNI vai aos EUA tentar barrar tarifaço de Trump

Eis que a gente acorda e descobre que a velha história do 'America First' do ex-presidente Donald Trump está de volta com tudo – e, dessa vez, o alvo principal pode ser justamente o nosso país. A reação, claro, não poderia ser diferente.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está organizando uma verdadeira força-tarefa, uma missão de alto nível que vai desembarcar em Washington ainda este mês. A ideia é simples, mas o desafio é dos grandes: sentar com autoridades americanas, congressistas e formadores de opinião para tentar reverter essa decisão que, se confirmada, pode virar um verdadeiro pesadelo para nossos exportadores.

O Que Está em Jogo?

Não é exagero. Trump propõe um imposto geral de 10% sobre… praticamente tudo que entra nos Estados Unidos. Um baque universal. Mas, para nações como o Brasil, a ameaça é ainda mais específica e perigosa: a possibilidade real de tarifas adicionais e seletivas, que poderiam atingir em cheio setores cruciais da nossa pauta exportadora.

Pensa no agronegócio, na siderurgia, nos produtos manufaturados. São bilhões de dólares em jogo, milhares de empregos que dependem desse fluxo comercial. A tensão no ar é palpável.

Estratégia e Argumentos

A comitiva da CNI não vai com as mãos abanando. Leva na bagagem um discurso forte, embasado em números e na defesa de uma relação que, até então, era vista como estratégica e benéfica para ambos os lados.

O argumento central? Mostrar que essa medida é um tiro no pé – que os custos recairão sobre o consumidor americano, inflacionando produtos, e que pode desequilibrar cadeias produtivas inteiras que são interdependentes. É uma jogada arriscada, para dizer o mínimo.

Além disso, o timing é tudo. A missão chega lá enquanto a poeira ainda não assentou totalmente, tentando influenciar a discussão antes que qualquer coisa se concretize de forma irreversível.

Um Aviso Prévio

Curioso notar que, diferente de surpresas do passado, dessa vez o anúncio foi feito com certa antecedência. Uma jogada de pressão? Talvez. Mas também uma janela de oportunidade para a diplomacia e para o setor privado se mobilizar. A CNI, visivelmente, entendeu o recado e partiu para a ação sem perder um minuto sequer.

O que vai sair disso? Impossível prever. O jogo político em Washington é complexo e volátil. Mas uma coisa é certa: a indústria brasileira não vai ficar de braços cruzados, esperando a tempestade chegar. Está indo para o olho do furacão argumentar, negociar e defender seus interesses. Agora, é torcer para que a voz do Brasil seja não apenas ouvida, mas realmente considerada.