Dezenas de moradores da comunidade São Judas, localizada na zona leste de Piracicaba, tomaram as ruas em um protesto carregado de urgência e indignação. A manifestação, que ocorreu nesta quinta-feira (17), tem como objetivo pressionar a prefeitura municipal a acelerar a implementação de um programa habitacional prometido há meses.
Situação de Risco Iminente
As famílias envolvidas no protesto enfrentam uma realidade dramática: risco iminente de despejo de suas residências atuais. Muitas delas residem em áreas consideradas de risco ou em propriedades particulares, situação que se arrasta há anos sem uma solução definitiva por parte do poder público.
"Estamos vivendo sob constante angústia, sem saber se amanhã ainda teremos um teto para morar", desabafa uma das moradoras que preferiu não se identificar.
Cobrança por Soluções Concretas
Durante o protesto, os manifestantes carregavam cartazes com frases de efeito e exigiam respostas concretas da administração municipal. Entre as principais reivindicações estão:
- Aceleração do processo de seleção para unidades habitacionais
- Transparência nos critérios de priorização
- Atendimento humanizado às famílias em situação de vulnerabilidade
- Prazo definido para a entrega das moradias
Histórico que se Repete
Esta não é a primeira vez que os moradores da São Judas se mobilizam para cobrar seus direitos. A comunidade tem um histórico de lutas por melhorias urbanas e regularização fundiária, batalhas que, segundo os residentes, avançam em ritmo muito lento.
O impasse atual coloca em risco principalmente crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, grupos mais vulneráveis em situações de despejo forçado.
O que Diz a Prefeitura?
Até o momento, a administração municipal não se pronunciou oficialmente sobre as novas demandas apresentadas durante o protesto. Anteriormente, a prefeitura havia se comprometido com a implementação de programas habitacionais, mas os prazos não foram cumpridos, aumentando a frustração dos moradores.
A situação na comunidade São Judas reflete um problema maior que afeta diversas regiões do município: a falta de políticas habitacionais efetivas para população de baixa renda.
Enquanto aguardam uma posição definitiva da prefeitura, as famílias seguem na incerteza sobre seu futuro, divididas entre a esperança de uma moradia digna e o medo constante do despejo.
