Eis que Pernambuco dá um passo gigantesco — e digo gigantesco mesmo — na direção certa. O governo estadual acaba de anunciar um investimento que beira os impressionantes R$ 1,2 bilhão para construção de moradias populares. Não é pouco, não.
O programa, batizado de 'Minha Casa Grande', pretende erguer nada menos que 4 mil unidades habitacionais. Espalhadas por 11 municípios, essas residências vão priorizar famílias que realmente precisam: aquelas com renda mensal de até R$ 2.100.
Onde e Como?
As obras — e isso é crucial — já têm data para começar: primeiro trimestre de 2026. Sim, ano que vem! E não se trata apenas de jogar tijolos e fazer paredes. Cada unidade terá entre 42 e 50 m², com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Básico, mas digno. Muito mais digno que muitas situações por aí.
Ah, e tem mais: as casas vão contar com energia elétrica, água potável e esgoto tratado. Coisa que, convenhamos, deveria ser óbvia, mas sabemos que não é.
Por Trás dos Números
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Alberto Feitosa, não esconde o otimismo. "É o maior investimento em habitação popular dos últimos 12 anos", afirmou, com uma convicção que — quem dera — fosse mais comum entre nossos gestores.
O programa não vem do nada. Pernambuco acumula um déficit habitacional de aproximadamente 280 mil moradias. É gente — muita gente — vivendo em condições precárias, inseguras ou simplesmente sem lugar pra chamar de seu.
Além das Palavras
Mas vamos combinar: anunciar é uma coisa, fazer acontecer é outra bem diferente. A história está cheia de promessas habitacionais que nunca saíram do papel. Desta vez, porém, o governo garante que tudo está devidamente planejado e orçado.
Os recursos são estaduais, o que — em tese — deveria agilizar os processos. Sem depender de verbas federais, a máquina tende a rodar mais rápido. Será?
Enquanto isso, milhares de famílias seguem na espera. Espera por um endereço, por uma porta que possam trancar, por um chão que seja seu. O 'Minha Casa Grande' promete transformar essa espera em concretude. Agora, é torcer — e cobrar — para que a promessa vire realidade.
