
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes de aluguéis, registrou uma queda de 0,21% em junho, acumulando deflação de 2,89% no ano. No entanto, os contratos que vencerão em julho terão um reajuste médio de 4,39%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Essa discrepância ocorre porque o cálculo do reajuste considera a variação dos últimos 12 meses do IGP-M, que ainda reflete altas anteriores. Para locatários, isso significa um impacto direto no orçamento, especialmente em um cenário econômico ainda desafiador.
Por que os aluguéis sobem mesmo com a queda do IGP-M?
O IGP-M é composto por três indicadores:
- IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo): peso de 60%
- IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor): peso de 30%
- INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção): peso de 10%
Embora o índice geral tenha caído, alguns componentes ainda apresentam alta acumulada, o que justifica o reajuste positivo nos contratos.
Cenário para os próximos meses
Economistas projetam que a tendência de queda no IGP-M deve continuar, o que pode levar a reajustes menores ou até deflação nos aluguéis nos próximos trimestres. No entanto, o mercado imobiliário ainda enfrenta:
- Demanda aquecida por imóveis residenciais
- Escassez de oferta em regiões metropolitanas
- Custos elevados de construção
Para quem está renovando contrato ou buscando um novo imóvel, a dica é negociar com o proprietário, pesquisar preços na região e considerar contratos com prazo mais longo para evitar reajustes frequentes.