Aluguéis Disparam no Brasil: Preços Sobem Acima da Inflação e Apertam o Bolso dos Brasileiros
Aluguéis disparam acima da inflação em 2024

Parece que a crise habitacional resolveu apertar ainda mais o cinto dos brasileiros. E não, infelizmente não é exagero. Os aluguéis decidiram dar mais um salto preocupante neste começo de 2024, deixando muita gente com a sensação de que o dinheiro está evaporando antes mesmo de cair na conta.

Segundo aquele termômetro confiável do mercado — o Índice FipeZap —, os valores médios dos aluguéis residenciais subiram nada menos que 0,56% em fevereiro. Pode parecer pouco, mas acredite: quando se trata do seu aluguel, cada decimal conta. E olha que o período é curto, mas a tendência é que se mantenha.

Números que doem no bolso

O pior de tudo? Esse aumento superou a inflação oficial medida pelo IPCA, que ficou em 0,42% no mesmo mês. Ou seja: o aluguel está correndo na frente, e quem paga é você. E não pense que foi um evento isolado. Em janeiro, a alta já tinha sido de 0,38%, mostrando que a pressão no setor é real — e persistente.

Algumas regiões metropolitanas sentiram o baque mais que outras. Quem mora em São Paulo, por exemplo, viu o aluguel médio por m² chegar a R$ 35,31. No Rio, a coisa não ficou muito atrás: R$ 34,21. Até cidades como Belo Horizonte e Brasília entraram na dança, com valores médios beirando os R$ 27 e R$ 29, respectivamente.

E o que explica essa escalada?

Não é uma causa única, claro. A equipe da FipeZap aponta que fatores como a valorização dos imóveis, a alta nos materiais de construção e — pasmem — até a retomada de certa "confiança no mercado" podem estar por trás disso. Só que, na prática, o que a gente vê é menos gente conseguindo pagar um teto digno sem sufoco.

Ah, e tem mais: os imóveis comerciais também entraram na onda. Escritórios e lojas ficaram, em média, 0,49% mais caros. Ou seja, seja para morar ou para trabalhar, a conta do aluguel está pesando.

É aquela história: quando a economia espirra, o aluguel já está com pneumonia. E enquanto especialistas debatem índices e projeções, milhares de famílias reassistem seus orçamentos, tentando encaixar uma despesa que não para de subir.

Será que 2024 vai seguir por esse caminho? Tudo indica que sim — e a menos que algo mude em termos de política habitacional ou poder de compra, pode preparar o bolso. Porque barato, pelo visto, só mesmo a conversa fiada.