O Itaú Unibanco comunicou nesta quinta-feira (27) uma decisão histórica que beneficiará diretamente seus investidores. O conselho de administração do banco aprovou o pagamento de R$ 23,4 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), marcando um dos maiores programas de distribuição de recursos da instituição.
Detalhes da distribuição aos acionistas
Os valores aprovados representam um complemento às remunerações já declaradas anteriormente pelo banco para o ano corrente. Os dividendos equivalem a R$ 1,87 por ação e serão distribuídos igualmente para detentores de papéis preferenciais e ordinários. O pagamento está agendado para 19 de dezembro deste ano.
Já os juros sobre capital próprio (JCP) correspondem a um valor líquido de R$ 0,31 por ação, com prazo de pagamento estendido até 30 de abril de 2026. Esta movimentação financeira reforça o compromisso do Itaú Unibanco com a política de retorno de capital aos seus acionistas.
Cancelamento de ações em tesouraria
Paralelamente à distribuição de recursos, o banco anunciou o cancelamento de R$ 3 bilhões em ações mantidas em tesouraria, resultado de um programa de recompra anterior. A operação envolverá especificamente 78.850.638 ações preferenciais, conforme detalhado no fato relevante publicado pela instituição.
É importante destacar que este cancelamento não provocará redução no capital social subscrito e integralizado do banco, mantendo a estruturação patrimonial da empresa.
Alinhamento com a estratégia do banco
A decisão não chega como surpresa para o mercado financeiro, que já especulava sobre a possibilidade de um dividendo extra por parte do Itaú Unibanco em 2025. O posicionamento do banco havia sido previamente sinalizado pelo presidente-executivo Milton Maluhy Filho, que reafirmou no início do mês que o objetivo do grupo não é reter excesso de capital.
Esta movimentação consolida a política de governança da instituição, que prioriza o retorno consistente de valor aos seus investidores, mantendo ao mesmo tempo um sólido patamar de capitalização para enfrentar cenários econômicos desafiadores e oportunidades estratégicas de crescimento.
