
O setor varejista continua sendo o campeão quando o assunto é abrir vagas no comércio — isso todo mundo já sabe. Mas tem um porém: os salários oferecidos, na maioria das vezes, não acompanham o ritmo da geração de empregos. É o que aponta o mais recente levantamento do IBGE, que escancara uma realidade meio contraditória do mercado.
Quem diria, né? Enquanto as lojas contratam feito loucas — especialmente aquelas de médio porte —, os contracheques ainda deixam a desejar. Parece que a equação "mais vagas = melhores condições" não fecha tão fácil assim.
Os números que não mentem
O estudo revelou que, só no último trimestre, o varejo foi responsável por 62% das novas oportunidades no comércio. Não é pouca coisa! Mas aí vem a facada: a remuneração média ficou 18% abaixo dos outros segmentos. Dá pra acreditar?
E olha que curioso:
- Lojas de departamento lideram em contratações
- Comércio eletrônico aparece em segundo lugar
- Setor alimentício completa o pódio
Mas calma, nem tudo são espinhos. Algumas redes já começaram a mexer nos salários — ainda que timidamente — pra segurar os bons profissionais. "É uma mudança lenta, mas perceptível", comenta um analista que preferiu não se identificar.
E o trabalhador, como fica nessa história?
Bom, aí a coisa complica. Com a inflação roendo o poder de compra, muitos profissionais estão tendo que fazer malabarismos pra fechar as contas no fim do mês. "Trabalho em duas lojas diferentes pra conseguir pagar minhas contas", desabafa Maria, vendedora há 5 anos.
Por outro lado — e isso é importante destacar —, o varejo segue sendo a porta de entrada pra quem busca o primeiro emprego. Pra muita gente, é o pé na porta do mercado de trabalho, mesmo que os ganhos iniciais não sejam lá essas coisas.
E você, o que acha? Vale a pena trocar estabilidade por salários mais baixos? Ou melhor esperar por oportunidades melhores? A discussão tá aberta...