Um levantamento recente traz dados alarmantes sobre a desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Nas 54 mil empresas com 100 ou mais funcionários em todo o país, as mulheres continuam recebendo salários significativamente inferiores aos dos homens.
Os números que preocupam
A diferença salarial chega a impressionantes 21%, evidenciando que, mesmo em grandes organizações, a equidade remuneratória entre gêneros ainda é uma meta distante. Essa disparidade significa que, em média, as mulheres precisam trabalhar quase um quarto de ano a mais para alcançar a mesma remuneração que os homens.
O tamanho do problema
O estudo abrange um universo significativo do mercado formal brasileiro, representando milhares de trabalhadoras que, diariamente, enfrentam essa desigualdade estrutural. As grandes empresas, que deveriam liderar as mudanças em direção à equidade, ainda mantêm práticas salariais desiguais.
Impactos além do financeiro
Além das consequências econômicas imediatas para as mulheres e suas famílias, essa disparidade gera:
- Desmotivação profissional entre mulheres qualificadas
 - Perda de talentos para as empresas
 - Reforço de estereótipos de gênero no ambiente corporativo
 - Prejuízo ao desenvolvimento econômico do país
 
Um chamado para mudanças
Os dados reforçam a urgência de políticas corporativas mais efetivas para promover a igualdade salarial. Transparência nos critérios de remuneração, programas de liderança feminina e auditorias regulares de equidade são alguns dos caminhos apontados por especialistas.
A persistência dessa desigualdade após décadas de discussão sobre equidade de gênero no trabalho mostra que ainda há um longo caminho a percorrer. A conscientização é o primeiro passo, mas ações concretas são necessárias para transformar essa realidade.