O mercado de trabalho brasileiro apresentou um cenário de estabilidade com nuances preocupantes no terceiro trimestre de 2025. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, a taxa de desocupação ficou em 7,6% no período, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior.
Números que Preocupam: Aumento no Contingente de Desempregados
Apesar da estabilidade na taxa, o número absoluto de pessoas desocupadas aumentou, chegando a 8,4 milhões de brasileiros em busca de emprego. Este crescimento reflete a expansão da força de trabalho, que inclui tanto ocupados quanto desocupados.
Principais Destaques do Mercado de Trabalho
- População ocupada: 102,3 milhões de pessoas
- Taxa de desocupação: 7,6% (estável)
- Desempregados: 8,4 milhões (aumento de 200 mil)
- Força de trabalho: 110,7 milhões (alta de 0,3%)
Informalidade em Alta: Quase 40% dos Trabalhadores
Um dado que chama atenção é o crescimento da informalidade. O número de trabalhadores informais atingiu 39,8 milhões de pessoas, representando 38,9% da população ocupada. Este é o maior patamar desde o início da série histórica em 2016.
"O aumento da informalidade preocupa, pois geralmente está associado a empregos com menor proteção social e rendimentos mais baixos", analisam especialistas.
Setores que Puxaram a Geração de Empregos
- Agricultura, pecuária e serviços: crescimento significativo
- Indústria geral: manteve estabilidade
- Construção: apresentou leve retração
Rendimento Mantém Estabilidade
O rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 3.147, mostrando estabilidade tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2024. A massa de renda real também se manteve estável, alcançando R$ 297,3 bilhões.
Os dados do IBGE revelam um cenário complexo para o mercado de trabalho brasileiro: enquanto a taxa de desocupação se mantém estável, o aumento no número absoluto de desempregados e o crescimento da informalidade indicam desafios persistentes para a economia.
