
Parece que a indústria brasileira finalmente resolveu dar as caras depois de um período meio capenga. Segundo os dados mais recentes do IBGE, a produção industrial deu uma leve respirada em junho, registrando um aumento de 0,1% na comparação com maio. Nada de espetacular, mas depois de dois meses seguidos no negativo, até que é um alívio.
Quem acompanha o setor sabe: a coisa tava feia. Abril e maio foram de queda livre, com retrações de 0,6% e 0,5%, respectivamente. Aí vem junho e — pimba! — um sopro de esperança. Não é milagre, mas pelo menos não é mais desastre.
O que puxou essa mini-recuperação?
Olha só que curioso: os bens de capital (aqueles equipamentos pesados que as empresas usam pra produzir) foram os grandes heróis do mês, com alta de 3,4%. Sinal de que alguém ainda tá investindo por aí, né? Outros destaques:
- Bens intermediários: +0,3% (aquela base que sustenta tudo)
- Bens de consumo duráveis: +0,9% (o povo ainda comprando geladeira e fogão)
Mas nem tudo são flores — os bens de consumo semi e não duráveis continuam na fossa, com queda de 0,9%. Ou seja: no supermercado, a coisa ainda tá apertada.
E no acumulado do ano?
Bom, aí a história muda de figura. No primeiro semestre, a indústria acumula retração de 0,7%. E se olharmos pra junho do ano passado? Caiu 1,1%. Dá pra dizer que estamos melhorando... devagarinho, quase imperceptivelmente, mas melhorando.
Os economistas — esses eternos otimistas cautelosos — estão torcendo pra que seja o início de uma tendência. "Pode ser o fundo do poço", dizem uns. "Calma lá, ainda tem chão", rebatem outros. Típico, não?
Enquanto isso, nas fábricas, a esperança é a última que morre. "Melhor um passo pequeno pra frente do que dois pra trás", como dizia meu avô, dono de uma oficina que sobreviveu a todas as crises desde os anos 80.