O sistema de pagamentos instantâneos PIX, operado pelo Banco Central do Brasil (BC), estabeleceu um novo marco histórico na última sexta-feira, 28 de novembro. Em um único dia, a plataforma registrou o impressionante número de 297,4 milhões de transações financeiras, movimentando um total de R$ 166,2 bilhões.
Confluência de fatores impulsiona volume recorde
A data do recorde não foi por acaso. A sexta-feira, 28, coincidiu com dois eventos econômicos significativos: a Black Friday, um dos maiores eventos de vendas do ano, e o fim do prazo para os empregadores pagarem a primeira parcela do 13º salário. Essa combinação criou um ambiente perfeito para a explosão no uso do PIX, tanto para compras quanto para transferências entre pessoas.
O recorde anterior pertencia ao dia 5 de setembro, quando foram processadas 290 milhões de operações. O novo patamar, portanto, representa um crescimento substancial e consolida a trajetória ascendente de adoção da ferramenta pelos brasileiros.
PIX: uma infraestrutura digital consolidada
Em comunicado, o Banco Central destacou a importância do sistema. "O resultado é mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional", avaliou a autarquia. O PIX completou cinco anos de operação em novembro e se transformou em um pilar do sistema financeiro brasileiro.
Os números de sua trajetória são eloquentes:
- Aproximadamente 890 milhões de chaves PIX cadastradas.
- Presente na rotina de mais de 170 milhões de brasileiros.
- Volume total movimentado entre 16 de novembro de 2020 e 30 de setembro de 2025 alcançou a marca de R$ 85,5 trilhões.
O BC ressaltou que a ferramenta foi fundamental para aumentar o acesso da população aos serviços financeiros e para estimular a concorrência entre as instituições do setor.
Novas regras de segurança em vigor
O mês passado marcou a entrada em vigor de novas regras estabelecidas pelo Banco Central para aprimorar o PIX. As mudanças focam no mecanismo de segurança e ampliam as possibilidades de devolução de valores para vítimas de fraudes, golpes ou coerção.
Antes, a devolução só podia ser feita a partir da conta diretamente utilizada na fraude. Como os criminosos costumam sacar ou transferir o dinheiro rapidamente para outras contas, essa regra limitava o rastreio e a recuperação dos valores. As novas normas buscam tornar o processo de ressarcimento mais ágil e eficaz, aumentando a proteção ao usuário.
Com sua eficiência, segurança em evolução e adoção massiva, o PIX se consolida não apenas como um sucesso nacional, mas também como uma referência internacional em sistemas de pagamento digital, mostrando ao mundo a capacidade de inovação do Brasil no setor financeiro.