
A coisa tá feia, e olha que eu já vi cada negócio nesse mercado. Dois dos maiores credores da Oi, os gigantes Pimco e SC Lowy, literalmente estão de joelhos implorando por uma conversa. O alvo? A V.tal, aquela holding que segura a joia da coroa: a rede de fibra óptica.
Não é um pedido educado, não. É um ultimato quase desesperado. Eles formalizaram um pedido direto no processo de recuperação judicial – aquele que já parece uma novela mexicana sem fim – exigindo uma reunião face a face com a cúpula da V.tal. A justificativa? Dizem que tão completamente no escuro sobre os rumos do negócio que mais interessa.
O Que Tá Em Jogo? Só Tudo.
Pra você ter ideia, a dívida que a Oi tem com essa galera é coisa de outro mundo. Uma nota promissória de US$ 370 milhões, que foi emitida naquela reorganização colossal de 2022, tá com a data de vencimento se aproximando a passos largos. O clima é de aperto, e ninguém quer ser deixado de escanteio.
O ponto crucial – e aqui mora o dragão – é que essa dívida tá garantida justamente pelas ações da V.tal. Traduzindo: se o papo não andar, a confusão vai ser monumental. Os fundos basicamente seguram uma arma apontada para o coração da operação, mas parecem não ter o dedo no gatilho… ainda.
O Silêncio que Grita
O mais intrigante, pelo menos pra mim, é o muro de silêncio. O documento judicial alega uma falta de comunicação absurda. Tipo, tentaram de tudo: e-mail, telefonema, sinal de fumaça. E nada. Esse vácuo é o que mais tá alimentando a paranoia geral de que tem algo grande cozinhando nos bastidores, e que nem todos os credores serão convidados para o jantar.
Não é só birra. Sem transparência, fica impossível pros credores saberem se o plano atual de vender a V.tal é realmente a melhor jogada, ou se é só mais um capítulo numa saga interminável de más decisões. A impressão que fica é que estão tentando passar a boiada sem que ninguém veja.
Um Jogo de Xadrez Bilionário
No fim das contas, isso aqui é um xadrez de alto nível. De um lado, a administração da Oi e da V.tal, tentando manobrar para salvar o que resta e garantir seu plano de saída. Do outro, credores poderosos e armados até os dentes com papéis jurídicos, que não vão aceitar ficar de fora da discussão do principal ativo.
O que vai sair disso? Bom, ninguém sabe. Mas uma coisa é certa: quando fundos desse tamanho resolvem falar através de juízes, a situação já passou do limite do razoável. O desfecho promete balançar não só o futuro da Oi, mas dar um sinal forte para todo o mercado de telecom e de recuperações judiciais no Brasil. Fiquem de olho.