
Os brasileiros que recorrem ao crédito rotativo do cartão estão enfrentando um cenário ainda mais desafiador. Dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (26) revelam que as taxas médias subiram para impressionantes 449,9% ao ano em maio - o maior patamar desde o início da série histórica em 2011.
O peso no bolso do consumidor
Essa alta representa um aumento de 4,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Para se ter uma ideia do impacto, uma dívida de R$ 1.000 no rotativo pode se transformar em R$ 5.499 em apenas 12 meses se não for quitada.
Comparativo com outras modalidades
- Crédito pessoal: 130,6% ao ano
- Cheque especial: 302,4% ao ano
- Crédito consignado: 25,3% ao ano
Por que os juros estão subindo?
Especialistas apontam três fatores principais:
- Manutenção da Selic em 10,5% ao ano
- Aumento da inadimplência
- Maior percepção de risco pelos bancos
"O consumidor precisa urgentemente buscar alternativas como renegociação ou portabilidade de dívida", alerta o economista João Silva, da consultoria Finance.
Como se proteger?
Confira estratégias para evitar o rotativo:
- Negocie dívidas diretamente com o banco
- Opte pelo parcelamento da fatura (juros menores)
- Considere empréstimos com taxas mais baixas
- Use apps de controle financeiro