Ibovespa Bate Recorde Histórico: O Que Esperar do Mercado Agora?
Ibovespa em alta recorde: o que esperar?

Parece que o mercado financeiro brasileiro decidiu dar um show na sexta-feira, não é mesmo? O Ibovespa, nosso principal termômetro das ações, fechou nos 134 mil pontos – um número que fez muitos investidores coçarem a cabeça e olharem duas vezes para o gráfico. Sim, bateu o recorde histórico! Mas e agora, pra onde vamos?

Não foi por acaso, claro. Um mix de notícias lá de fora e um cenário interno… bem, menos pior… criaram o cocktail perfeito. Os dados de inflação nos Estados Unidos vieram mais calmos que o esperado, o que acalmou os ânimos (e os juros) por lá. E quando Wall Street espirra, você sabe o ditado: o mundo todo pega um resfriado. Só que dessa vez, foi um resfriado bom.

O Vento Internacional a Favor

Os ventos sopraram a nosso favor, sem dúvida. A expectativa de que os juros americanos possam cair mais cedo do que se pensava deu um fôlego danado aos mercados emergentes. O dinheiro estrangeiro, aquele turista sofisticado, começou a olhar com mais carinho pra nossas praias… digo, pra nossas ações. O dólar deu uma enfraquecida, caindo para quase R$ 5,40, o que é sempre uma música para os ouvidos do Ibovespa.

E não foi só isso. Aqui dentro, a aprovação daquele projeto que limita os juros do rotativo do cartão de crédito – a famosa "taxa de juros telescópica" – também deu sua contribuição. O mercado enxergou isso como um sinal de que o governo está, pelo menos, tentando arrumar a casa. Pequenos passos, mas passos na direção certa.

Os Papéis que Puxaram a Corda

Quem liderou a festa? Os suspeitos de sempre, mas com um vigor renovado. As ações de bancos e das gigantes do varejo puxaram a fila, disparando como foguetes. Itaú, Bradesco, Magazine Luiza… todos comperformances de fazer inveja. E as commodities, nossa velha conhecida? Elas também entraram na dança, com a Vale dando uma força e tanto.

Parece que o mercado está começando a digerir a ideia de que a economia brasileira pode, só pode, estar num ciclo um pouquinho mais favorável. A sensação é que o pior já ficou pra trás. Será?

E Agora, José?

A pergunta de um milhão de dólares (ou de reais, tanto faz): será que a festa continua? Os analistas estão divididos, como sempre. Uns acham que ainda tem lenha pra queimar, que esse otimismo todo pode empurrar o índice ainda mais pra cima nesta semana. O clima é de… como dizer… "cautelosamente euforico".

Já outros botam o pé no freio. Lembram que ainda temos um caminhão de incertezas pela frente: a situação fiscal do país, as discussões intermináveis no Congresso, e aquele velho fantasma da inflação que nunca vai embora de verdade. Um dia de comemoração não apaga meses de preocupação.

O conselho? Respire fundo. Mercado em alta é bom, mas não é hora de perder a cabeça. Para quem já está investido, é um alívio. Para quem quer entrar, talvez seja o caso de estudar muito bem o terreno antes de pular. Afinal, recordes são feitos para serem quebrados… mas também para servirem de teto.

Uma coisa é certa: a semana promete. E todos nós estaremos de olho nos gráficos, torcendo para que a música não pare tão cedo.