
Em uma análise recente, Gabriel Galipolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, destacou os desafios enfrentados pela autoridade monetária no controle da inflação, com ênfase nos preços administrados.
Segundo Galipolo, esses preços, que incluem tarifas de energia, combustíveis e transportes, representam uma parcela significativa do índice de inflação e são menos sensíveis às medidas tradicionais de política monetária.
O impacto dos preços administrados
Galipolo explicou que, enquanto os preços livres respondem mais rapidamente às mudanças na taxa básica de juros (Selic), os administrados dependem de decisões governamentais e contratos de longo prazo, o que dificulta seu controle.
"É um desafio constante para o BC", afirmou. "Precisamos de uma coordenação entre políticas monetárias, fiscais e setoriais para garantir a estabilidade econômica."
Cenário econômico atual
O diretor também comentou sobre o cenário econômico atual, marcado por pressões inflacionárias globais e incertezas. Ele ressaltou a importância de manter a credibilidade da política monetária para ancorar as expectativas do mercado.
"A inflação não é um problema apenas do BC, mas de toda a sociedade. Precisamos de um esforço conjunto", concluiu Galipolo.