O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) enfrenta um prazo apertado para honrar os compromissos financeiros junto aos investidores do Banco Master. O liquidante Eduardo Félix Bianchini, nomeado pelo Banco Central, tem até 40 dias para entregar a relação atualizada dos credores que terão direito ao ressarcimento.
Prazo curto para regularização
Segundo informações exclusivas do Radar Econômico, o FGC ainda não recebeu a lista completa dos credores do Banco Master. Eduardo Félix Bianchini, responsável pela liquidação do banco, precisa encaminhar este documento crucial dentro do prazo estabelecido de 40 dias.
O FGC já se comprometeu publicamente a realizar os pagamentos ainda em 2025, mas o cronograma está bastante apertado. A situação afeta diretamente 1,6 milhão de investidores que aplicaram recursos no Banco Master.
Impacto financeiro significativo
O montante envolvido neste processo de ressarcimento chega a impressionantes R$ 41 bilhões em depósitos bancários, principalmente em CDBs. Este valor representa aproximadamente um terço de todo o caixa disponível do FGC, que soma R$ 122 bilhões em recursos líquidos.
As aplicações cobertas pelo fundo garantidor incluem:
- CDBs do Banco Master
- Limite de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ
- Teto global de R$ 1 milhão a cada quatro anos
Esforços para cumprir o calendário
O FGC mantém contato constante com o escritório do liquidante para garantir que o prazo seja cumprido. A expectativa é que, uma vez recebida a lista de credores, os pagamentos possam ser processados rapidamente, respeitando os limites estabelecidos pela legislação do sistema de garantia.
Os investidores acompanham com atenção os desdobramentos deste processo, que representa um dos maiores casos de intervenção bancária e posterior ressarcimento pelos mecanismos de proteção do sistema financeiro brasileiro.