
Parece que o mercado financeiro resolveu dar uma trégua — pelo menos por hoje. Numa virada surpreendente, o dólar comercial deu uma bela escorregada e chegou a tocar os R$ 5,32, fechando no menor patamar em… bem, faz um tempinho. Não é todo dia que a gente vê essa moeda recuar assim.
E a Bolsa? Ah, a Bolsa adorou o espetáculo. O Ibovespa, esse termômetro do humor dos investidores, subiu firme e forte, fechando no azul. Quem estava do lado das ações deve ter soltado um suspiro de alívio.
Tudo Isso por Quê? O Grande Dia Chega
Mas calma, não vamos cantar vitória tão cedo. A verdade é que todo mundo está segurando a respiração para a tal da Superquarta. O nome até parece filme de herói, mas a tensão é real.
De um lado do mundo, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, se reúne. Do nosso lado, é a vez do Copom, do Banco Central do Brasil, dar o veredito sobre os juros. Dois pesos pesados ditando os rumos da economia global num mesmo dia. Coincidência? Acho difícil.
Os Olhos do Mercado Estão Voltados para…
Os investidores, aquelas criaturas de sangue frio que parecem nunca dormir, estão absolutamente vidrados no que sairá dessas reuniões. A expectativa — e aqui todo mundo vira um pouco cartomante — é que o Fed deve manter os juros estáveis. Já o nosso BC, ah, aí a coisa fica mais interessante. A aposta geral é de mais um corte na Selic. Será?
Essa combinação de fatores criou um cenário peculiar: uma certa aversão ao risco global deu uma aliviada, o que explica em parte a queda do dólar e a alta das ações por aqui. O real até que se saiu bem, obrigado.
E Agora, José?
O que esperar do amanhã? Bom, se tem uma coisa que o mercado financeiro ensina é que previsão é um esporte de risco. As decisões de hoje podem virar pó amanhã de manhã dependendo do tom que Jerome Powell, do Fed, e Roberto Campos Neto, do BCB, decidirem usar.
Uma palavra mais dura sobre a inflação persistente nos EUA, ou um sinal de que os cortes de juros por aqui podem desacelerar, e lá se vai toda a euforia. É uma montanha-russa de emocionante — e um pouco estressante, para ser sincero.
Por enquanto, o mercado se acomoda e espera. A Superquarta promete, e todo mundo quer ter o melhor lugar na plateia para assistir ao show.