Dívida pública dispara e bate recorde: salta 2,77% em junho e ultrapassa R$ 7,8 trilhões
Dívida pública bate R$ 7,8 trilhões em junho

Parece que o buraco só aumenta — e não, não estamos falando da cratera da sua rua após as chuvas. O Tesouro Nacional divulgou nesta quinta-feira (4) dados que mostram a dívida pública federal batendo novo recorde histórico: R$ 7,8 trilhões em junho. Um aumento de 2,77% em apenas um mês.

Se você acha sua fatura do cartão assustadora, imagine essa conta. Para colocar em perspectiva — isso equivale a:

  • Quase 10 vezes o PIB da Argentina
  • Mais de 30 mil Maracanãs cheios de notas de R$ 100
  • Cerca de 3 anos do Bolsa Família funcionando sem parar

O que está por trás desse aumento?

Segundo os economistas, o crescimento da dívida em junho veio principalmente de dois fatores:

  1. Rolagem da dívida: Quando vencem títulos antigos e o governo emite novos para pagá-los — como um cartão de crédito que nunca para de girar.
  2. Despesas crescentes: Com o aumento dos juros básicos nos últimos anos, o custo para financiar essa dívida subiu como foguete.

"É como se o Brasil estivesse com um empréstimo consignado, mas continuasse fazendo novas dívidas no cheque especial", brincou um analista financeiro, pedindo para não ser identificado. "A conta chega — e ela está cada vez mais salgada."

E agora, José?

O governo garante que tem o controle da situação. Mas os números pintam um cenário preocupante:

• Em 12 meses, a dívida cresceu 13,5%
• O estoque de títulos públicos aumentou R$ 209 bilhões só em junho
• A dívida líquida do setor público chegou a 78% do PIB

Não é exagero dizer que estamos caminhando sobre uma corda bamba fiscal. Enquanto isso, o mercado observa com atenção cada movimento do Banco Central — será que os juros vão cair mesmo este ano? Ou essa dívida vai continuar engordando?

Uma coisa é certa: alguém vai ter que pagar essa conta. E, como sempre, esse "alguém" provavelmente somos nós, contribuintes.