
O preço do combustível está deixando o setor de logística com os cabelos em pé — e não é para menos. O ágio, aquele valor extra que dói no bolso, está pesando como uma âncora nos custos das transportadoras. Enquanto isso, no Porto de Santos, o vai-e-vem de caminhões parece mais lento que fila de banco.
Mas nem tudo está perdido. Uma empresa — dessas que não ficam só reclamando — decidiu botar a mão na massa e criou uma campanha para aliviar o rombo. A ideia? Oferecer descontos estratégicos para quem abastece nos postos credenciados. Parece simples, mas no meio desse turbilhão de preços, é como encontrar um oásis no deserto.
O que está pegando?
O ágio, esse vilão silencioso, pode chegar a bater 20% em cima do preço normal do diesel. Traduzindo: se o litro custa R$ 5,00, o frete sobe R$ 1,00 só nessa brincadeira. E adivinha quem paga a conta? No final, todo mundo — do dono do caminhão até o consumidor que compra o pãozinho.
"É um efeito dominó", diz um motorista que prefere não se identificar. "A gente tenta repassar, mas o mercado tá difícil. Alguns clientes já cortaram fretes por causa disso."
A luz no fim do túnel?
A tal campanha promocional — que começou discreta, mas já está dando o que falar — promete reduzir parte desse impacto. Funciona assim: empresas cadastradas ganham descontos progressivos conforme o volume de abastecimento. Quem faz 10 mil litros por mês, por exemplo, pode economizar até 8%.
- Vantagem imediata: alívio no caixa das transportadoras
- Efeito colateral bom: preços mais estáveis para clientes finais
- Porém... não resolve o problema estrutural dos combustíveis
Não é uma solução mágica, claro. Mas enquanto o governo e as petroleiras não se entendem, pelo menos alguém está tentando segurar as pontas. Será que outras empresas vão seguir o exemplo? A torcida é grande — principalmente dos caminhoneiros, que já estão com o pé no frete (e no freio dos gastos).