Governo destina R$ 107 milhões a cooperativas da Amazônia
R$ 107 milhões para cooperativas extrativistas

O governo federal anunciou um investimento significativo para fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia Legal. Durante a COP30, foi lançado o projeto Coopera + Amazônia, que destinará R$ 107,1 milhões às cooperativas extrativistas da região ao longo dos próximos quatro anos.

Distribuição dos recursos

Do valor total do projeto, R$ 103,5 milhões serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), utilizando recursos do Fundo Amazônia. Outros R$ 3,7 milhões ficarão sob responsabilidade do Sebrae.

A iniciativa contemplará aproximadamente 50 cooperativas dedicadas à extração de produtos como açaí, castanha, babaçu e cupuaçu. Essas entidades estão distribuídas pelos estados do Pará, Rondônia, Maranhão, Acre e Amazonas, representando cerca de 3.350 famílias extrativistas.

Anúncio na COP30

O projeto foi oficialmente apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, acompanhado por representantes do BNDES e do Sebrae. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) coordena a iniciativa.

Segundo informações do ministério, parte dos recursos será destinada à aquisição de máquinas e equipamentos para modernizar as atividades de extração nas comunidades beneficiadas.

Suporte técnico e consultorias

Além do apoio financeiro, o Coopera + Amazônia prevê um acompanhamento especializado para as cooperativas. As entidades receberão suporte de Agentes Locais de Inovação, que oferecerão:

  • Assistência técnica e consultorias de gestão
  • Orientacao sobre conformidade regulatória
  • Facilitação do acesso a crédito
  • Apoio na abertura de novos mercados
  • Serviços de assistência técnica e extensão rural

Essa abordagem integrada busca não apenas injetar recursos, mas também capacitar as cooperativas para que possam se desenvolver de maneira sustentável e competitiva no mercado.

O projeto representa um importante passo no fortalecimento da economia verde na região amazônica, alinhando desenvolvimento econômico com conservação ambiental e inclusão social das comunidades tradicionais.