Eis que a Venezuela resolveu dar uma de "agora vai, agora não vai" no comércio com o Brasil. Depois de surpreender todo mundo com uma taxação repentina — daquelas que deixam até os mais experientes de cabelo em pé —, o governo vizinho voltou atrás como se nada tivesse acontecido.
Segundo fontes do setor, a medida pegou até os importadores venezuelanos de calças curtas. Sem aviso, sem explicação — do dia para noite, produtos como alimentos, medicamentos e materiais de construção voltaram à lista de isenções. Alguém aí lembra daquela tia que muda de opinião mais rápido que o tempo na serra? Pois é.
O vai-e-vem das tarifas
Detalhe curioso: a taxação inicial durou menos que reality show cancelado. Apenas 15 dias separaram a imposição e a revogação das tarifas, que chegavam a 30% sobre itens essenciais. Especialistas ouvidos pela reportagem especulam — entre um café e outro — que a pressão de setores internos pode ter feito o governo Maduro recuar.
- Produtos agrícolas brasileiros: de volta ao livre comércio
- Material médico-hospitalar: sem tarifas (de novo)
- Bens industriais: alívio para os importadores
Não é segredo que a Venezuela vive uma crise econômica que faz os anos 1980 no Brasil parecerem fichinha. Com a indústria local capenga, produtos brasileiros viraram artigo de primeira necessidade — do arroz ao parafuso.
E agora, José?
O episódio deixou um rastro de dúvidas mais longo que fila de banco em dia de pagamento. Será manobra política? Tentativa frustrada de arrecadação? Ou apenas mais um capítulo da novela "Economia em Fúria" que assola o país vizinho?
Uma coisa é certa: enquanto a Venezuela não estabilizar seu próprio barco, o comércio com o Brasil seguirá nesse sobe-e-desce digno de montanha-russa. E os empresários? Bem, esses já aprenderam a lição — na próxima, talvez mantenham um pé atrás (e um estoque extra no armazém).
