
Numa jogada que deixou muitos de queixo caído, Donald Trump decidiu botar lenha na fogueira durante sua visita ao Federal Reserve nesta terça. O ex-presidente, que nunca foi de ficar quieto, meteu o pé na porta e exigiu que Jerome Powell — o homem forte do Fed — cortasse as taxas de juros de forma drástica.
"É uma vergonha o que estão fazendo com nossa economia", disparou Trump, num tom que misturava indignação com aquela cara de quem não vai levar não como resposta. O encontro, que deveria ser protocolar, acabou virando um verdadeiro cabo de guerra.
Por que Trump está tão obcecado com os juros baixos?
Quem acompanha o jeitão do magnata já sabe: baixar juros virou quase uma questão pessoal. Durante seu mandato, ele transformou o Fed no seu alvo preferido — e agora, na campanha eleitoral, a história se repete.
- Taxas altas prejudicam o consumo, e consumo fraco não vota em Trump
- Setor imobiliário, seu quintal, sofre com crédito caro
- Dólar forte atrapalha exportações — e aí a conta não fecha
Mas será que o Fed vai ceder à pressão? Powell, conhecido por seu sangue frio, deu a entender que não vai se deixar intimidar. "Nossa política monetária é guiada por dados, não por tweets", respondeu, num recado claro ao ex-presidente.
E o Brasil nessa história?
Pode parecer distante, mas essa briga tem efeito dominó. Quando o Fed sobe juros, o dólar dispara — e aí nosso café, soja e minério ficam mais caros lá fora. Se cederem ao Trump, pode ser um alívio para nossas exportações.
Mas economistas alertam: corte precipitado pode superaquecer a economia americana e causar inflação global. Aí o remédio seria pior que a doença.
Enquanto isso, o mercado financeiro fica naquele vai-e-vem, tentando adivinhar quem vai levar a melhor nesse braço de ferro. Uma coisa é certa: com Trump na jogada, o tédio não tem vez.