
Quem pensou que as famigeradas tarifas impostas pelo ex-presidente americano Donald Trump iriam paralisar o Porto de São Sebastião pode respirar aliviado — pelo menos por enquanto. Apesar do rebuliço internacional, os terminais continuam operando a todo vapor, com contêineres entrando e saindo como se nada estivesse acontecendo.
Mas calma lá! A situação não é tão simples quanto parece. Especialistas ouvidos pelo nosso time destacam que o setor está "com um pé atrás", monitorando cada movimento da política comercial americana como quem observa um vulcão prestes a entrar em erupção.
O pulo do gato na economia portuária
Curiosamente, enquanto o mundo discute protecionismo, aqui no litoral paulista a vida segue seu curso:
- Movimentação de cargas mantém ritmo estável
- Operadores portuários adotam postura "wait and see"
- Preocupação maior recai sobre possíveis retaliações indiretas
"A gente tá mais preocupado com o efeito dominó do que com as tarifas em si", confessa um veterano do setor que preferiu não se identificar. Ele tem um ponto — em economia internacional, tudo está conectado como peças de dominó em fila.
E o futuro? Bem...
Se tem uma coisa que aprendemos nesses anos cobrindo o porto é que marés mudam — e rápido. O que hoje parece distante, amanhã pode virar tsunami. Alguns analistas já projetam cenários onde:
- Setores específicos podem sentir o baque primeiro
- Custos logísticos podem disparar sem aviso
- Relações comerciais precisarão ser reavaliadas
Mas, pelo menos por enquanto, as gruas continuam dançando seu balé mecânico no cais, indiferentes às tempestades políticas que assolam o mundo. Resta saber por quanto tempo essa calmaria vai durar — porque no comércio exterior, como no mar, tranquilidade pode ser só o olho do furacão.