
Imagine acordar e descobrir que o sustento da sua cidade está por um fio. É o que pode acontecer na Zona da Mata mineira, onde as famosas tarifas trumpianas — aquelas mesmas que já deram o que falar — voltam a assombrar como um pesadelo econômico.
Dados alarmantes do setor têxtil apontam: até R$ 250 milhões podem evaporar da economia regional caso os Estados Unidos decidam apertar o cerco comercial. E olha que não é blefe — estamos falando de 20% das exportações da região indo pro ralo.
O que está em jogo?
- Mais de 15 mil empregos diretos na balança
- Cadeias produtivas inteiras ameaçadas
- Investimentos em modernização travados
"É como jogar xadrez com as peças amarradas", desabafa um empresário do ramo que prefere não se identificar. Ele tem motivos pra preocupação: as fábricas da região já vinham patinando nos últimos trimestres, e agora isso?
Curiosamente, enquanto Washington discute porcentagens em salas climatizadas, aqui o clima é de apreensão nas linhas de produção. Alguns especialistas arriscam dizer que o impacto pode ser ainda pior do que o previsto — efeito dominó é o termo que não quer calar.
E os números?
Só pra você ter ideia: a Zona da Mata responde por quase 18% das exportações têxteis de Minas. Tirar esse tapete agora seria... bem, desastroso. E não pense que são só os grandes players que sofrem — as pequenas confecções familiares, aquelas que mal aparecem nas estatísticas, seriam as primeiras a cair.
Enquanto isso, nos corredores do governo estadual, o assunto virou prioridade. "Estamos de olho", garante um assessor, antes de completar: "mas convenhamos, quando o elefante americano espirra..." A frase fica no ar, como quem já sabe o final da história.