
Eis que o Brasil se vê novamente no olho do furacão comercial. Desta vez, o estopim veio de Washington — e a Taurus, gigante nacional de armamentos, está na linha de tiro. As novas tarifas anunciadas por Donald Trump, que beiram o absurdo, podem simplesmente trancar as portas do mercado americano para a empresa.
Não é exagero. Fontes do setor já falam em "inviabilidade operacional" caso a medida entre em vigor. E olha que a coisa é séria: os EUA absorvem quase 40% das exportações da Taurus. Sem esse respiro, o buraco pode ficar mais embaixo.
O X da Questão
Trump justifica a medida como "proteção à indústria nacional". Mas cá entre nós — parece mais um balde de água fria nas relações comerciais. A Taurus, que emprega mais de 3 mil pessoas direto no Brasil, agora precisa correr contra o relógio.
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E não pense que é só problema da Taurus. O efeito dominó pode atingir dezenas de fornecedores — muitos deles pequenas empresas que dependem desse ecossistema.
O Que Dizem os Números
Nos últimos cinco anos, a exportação de armas leves brasileiras cresceu como espuma. Só em 2024, foram US$ 80 milhões só para os EUA. Agora, esse filme pode ter um final nada hollywoodiano.
"É como jogar xadrez com as peças amarradas", diz um executivo que preferiu não se identificar. A estratégia? Buscar mercados alternativos na Ásia e Oriente Médio. Mas convenhamos: substituir os EUA não é como trocar pneu com o carro andando.
Enquanto isso, nos corredores do Planalto, a tensão é palpável. O Itamaraty já sinalizou que pode recorrer à OMC. Mas esses processos são lentos como jabuti em dia de sol — e a Taurus precisa de solução agora.
O recado está dado: quando os gigantes comerciais brigam, é a indústria nacional que sangra. Resta saber se o Brasil conseguirá virar esse jogo a tempo.