Tarifaço: Como Novos Mercados e Ações do Governo Estão Segurando a Barriga do Brasileiro
Tarifaço: como novos mercados amenizam alta de preços

Quem foi ao mercado ou abasteceu o carro nas últimas semanas sentiu na pele – e no bolso – o baque. Os preços subiram de uma forma que dá até um certo aperto no coração. Mas, cá entre nós, poderia ter sido pior. Muito pior.

Enquanto o noticiário ecoava alertas sombrios sobre um "tarifaço" iminente, uma combinação pouco convencional de fatores começou a agir nos bastidores da economia. A sorte, se é que podemos chamar assim, veio de lugares inesperados.

O Mundo Quer o Que Nós Temos

Eis que surge uma demanda surpreendente de países que nem estávamos mirando direito. Esses novos compradores internacionais, famintos por nossas commodities, injetaram uma grana nova que fez uma diferença danada. Foi como encontrar uma nota de 50 no bolso do casaco no dia do aperto.

Não foi milagre, foi estratégia – e um bocado de timing. A diversificação de mercados mostrou sua força, provando que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta, como diria minha avó.

O Governo Entra em Campo

Enquanto isso, em Brasília, o Palácio do Planalto acionou seu plano de contingência. Medidas emergenciais foram liberadas às pressas, tentando criar uma rede de proteção para o consumidor médio. Algumas funcionaram melhor que outras, é claro – sempre há falhas na execução.

Programas de subsídios focados e linhas de crédito especiais tentaram segurar a onda mais agressiva do custo de vida. Não foi perfeito, mas foi o que tínhamos à mão.

E Agora, José?

O alívio, é bom deixar claro, ainda é relativo. Ninguém está fazendo a festa no supermercado. A pressão inflacionária continua rondando como um fantasma, assustando o orçamento das famílias.

Os especialistas que acompanham essa montanha-russa econômica seguem cautelosos. Eles lembram que esses fatores atenuantes são, em grande parte, circunstanciais. A verdadeira prova de fogo será sustentar alguma estabilidade quando essa onda passageira – de demanda externa favorável – perder força.

O futuro próximo ainda parece uma incógnita. O que se sabe é que, por enquanto, o Brasil escapou por pouco do pior cenário. Respirou aliviado, mas ainda ofegante.

Resta torcer para que a criatividade econômica e a sorte continuem do nosso lado. Porque, no fim do dia, o que importa mesmo é conseguir pagar as contas no fim do mês sem ter que vender a alma.