
Quem diria, hein? Depois de um período mais seco que biscoito de polvilho, o setor logístico parece estar recuperando o fôlego — e o crédito vai, em grande parte, para os escritórios corporativos de São Paulo. Não é milagre, mas chega perto.
Dados do primeiro trimestre mostram que a absorção de espaços logísticos na capital paulista cresceu nada menos que 42% na comparação anual. Um salto e tanto! E olha que estamos falando de um mercado que, até pouco tempo atrás, parecia ter virado um deserto de concreto.
O pulo do gato
O que está por trás dessa virada? Bom, a receita parece simples:
- Demanda reprimida de empresas que adiaram decisões durante a pandemia
- Retomada de investimentos em infraestrutura (finalmente!)
- E, claro, aquele velho e bom efeito São Paulo — onde tudo acontece primeiro
Mas calma lá que não é só festa. Os especialistas avisam: o cenário ainda é de cautela. "A recuperação está acontecendo, mas em ritmo desigual", comenta um analista do setor, que prefere não se identificar. "Alguns segmentos voam, outros ainda patinam."
Números que falam
Para ter ideia do movimento:
- Área total ocupada: 81.500 m² (contra 57.400 m² no mesmo período de 2023)
- Taxa de vacância caiu para 12,3% — a menor em três anos
- Preços médios começam a mostrar sinais de estabilização
Não dá para negar — os ventos estão mudando. E se depender do apetite das grandes corporações por espaços modernos e bem localizados, essa tendência pode ganhar ainda mais força nos próximos meses.
Resta saber: será que o resto do país vai pegar carona nessa onda? Por enquanto, São Paulo segue ditando o ritmo — como sempre fez quando o assunto é mercado imobiliário corporativo.