O brasileiro sentiu no bolso mais uma rodada de aumentos em outubro. A prévia do IPCA-15, considerada o termômetro antecipado da inflação oficial, acelerou para 0,18% no mês, puxada principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis.
Combustíveis na dianteira da alta
Os números divulgados pelo IBGE mostram que a gasolina foi a grande vilã do mês, com alta expressiva de 1,49%. O diesel não ficou atrás, subindo 1,48%, enquanto o etanol registrou aumento de 0,69%.
Esses reajustes nas bombas de combustível foram os principais responsáveis por empurrar a inflação para cima, representando um impacto significativo no orçamento das famílias e no custo de transporte de mercadorias.
Transportes e alimentação também pesam
Além dos combustíveis, outros setores contribuíram para a aceleração inflacionária:
- Transporte por aplicativo: alta de 1,31%
- Passagem aérea: aumento de 4,18%
- Alimentação no domicílio: subiu 0,17%
- Energia elétrica: registrou queda de 0,17%
Comparativo com meses anteriores
O IPCA-15 de outubro mostra uma aceleração significativa em relação aos meses anteriores. Em setembro, a prévia da inflação havia ficado em 0,09%, enquanto em agosto foi registrado 0,11%.
Essa trajetória ascendente preocupa economistas e o mercado financeiro, que acompanham de perto os movimentos do Banco Central para o controle da inflação.
Impacto no ano e nos últimos 12 meses
No acumulado do ano, o IPCA-15 já soma 2,66%, enquanto nos últimos 12 meses o índice chegou a 3,71%. Os números mantêm a inflação próxima ao centro da meta do Banco Central, mas a aceleração recente exige atenção.
Os dados completos do IPCA referente a outubro serão divulgados em 8 de novembro, trazendo o retrato completo da inflação oficial do mês.