Exportações brasileiras levam um golpe: EUA anunciam novas tarifas e setores reagem
EUA impõem novas tarifas a produtos brasileiros

Parece que o jogo ficou mais difícil para os exportadores brasileiros. Os Estados Unidos decidiram apertar o cerco e impuseram novas tarifas sobre uma série de produtos vindos do Brasil — e olha que não foi pouco. A medida, que entrou em vigor nesta quinta-feira (1º), pegou muita gente de surpresa, especialmente setores que já vinham enfrentando turbulências no mercado internacional.

Não é de hoje que essa relação comercial anda meio "arranhada". Dessa vez, os americanos miraram em produtos como aço, suco de laranja e até mesmo alguns itens do agronegócio — justamente aqueles que o Brasil manda em quantidade para lá. O governo brasileiro, claro, já soltou um comunicado dizendo que não vai ficar de braços cruzados. Mas, entre nós, será que tem margem para negociar?

Quem mais sente o baque?

Os números não mentem: só no primeiro semestre, as exportações para os EUA renderam uma grana preta. Agora, com esse aumento nas tarifas, a conta pode não fechar tão bem. Os industriais já estão fazendo as contas — e torcendo para não ter que repassar esse custo para o consumidor.

  • Aço: Setor que já vinha sofrendo com a concorrência asiática agora leva mais esse tombo
  • Suco de laranja: O "ouro líquido" brasileiro pode perder espaço nas prateleiras americanas
  • Produtos agrícolas: Itens como café e açúcar podem ficar menos competitivos

E não pense que é só problema de empresário grande. Muitas pequenas e médias empresas que dependem desse comércio já estão sentindo o caldo engrossar. "É como se o tapete fosse puxado debaixo dos nossos pés", desabafa um exportador de Minas que prefere não se identificar.

E agora, José?

Especialistas ouvidos pelo JR na TV dão um misto de opiniões. Alguns acham que é hora de diversificar mercados — a China e países árabes estão aí como opção. Outros defendem que o Brasil tem que bater o pé nas negociações bilaterais. "Temos carta na manga, mas precisamos jogar direito", opina uma analista do mercado externo.

Enquanto isso, nos portos, o movimento segue intenso, mas com um gosto amargo na boca. Os próximos meses serão decisivos para entender o tamanho real do estrago. Uma coisa é certa: o comércio exterior brasileiro nunca foi para os fracos — e agora menos ainda.