
Parece que o mercado financeiro brasileiro decidiu dar uma verdadeira festa nesta terça-feira. Enquanto os holofotes do mundo estavam voltados para Nova York, onde os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump discursavam na Assembleia Geral da ONU, por aqui os números pintavam verde – e forte.
O dólar comercial, aquele que tanto nos tira o sono, fez uma queda expressiva para R$ 5,27. Uma baixa de 0,75% que fez muitos investidores respiraram aliviados. Mas o verdadeiro espetáculo foi na Bolsa de Valores: o Ibovespa, nosso principal indicador, disparou 1,14% e fechou em 127.859 pontos – um novo recorde histórico, para não dizer um feito e tanto.
O que disseram Lula e Trump que animou tanto o mercado?
Bom, aqui a coisa fica interessante. Lula, em seu discurso, tocou em pontos sensíveis – e o mercado gostou do que ouviu. Ele defendeu uma "globalização mais justa" e, pasmem, elogiou o real desvalorizado. Sim, você leu certo. Disse que a moeda fraca ajuda as exportações brasileiras. E o mercado, sempre atento, pareceu concordar.
Já Trump… ah, Trump. O republicano, como sempre, foi direto ao ponto. Criticou pesadamente a gestão Biden e prometeu – caso eleito – reduzir drasticamente os juros americanos. E adivinhem só? Isso é música para os ouvidos dos mercados emergentes como o nosso. Juros mais baixos nos EUA significam dinheiro fugindo de lá e vindo para cá em busca de melhor rentabilidade.
Não foi por menos que o otimismo tomou conta do pregão. Os papéis de empresas exportadoras, como Vale e Petrobras, foram às alturas. Quem investiu em mineração e energia deve estar comemorando – e muito.
E o que esperar dos próximos dias?
Olha, é difícil cravar, mas o clima é de certa euforia. O mercado detesta incerteza e, de alguma forma, os discursos de ambos os ex-presidentes trouxeram… como dizer… uma "previsibilidade imprevisível" que agradou. Parece contraditório, mas é assim que o mercado funciona às vezes.
Os analistas mais cautelosos, é claro, já soltaram seus alertas. Lembram que a situação fiscal brasileira ainda é delicada e que o cenário internacional segue turbulento. Mas, pelo menos por hoje, o copo está meio cheio – ou quase transbordando.
Resta saber se essa festa vai continuar ou se amanhã acordaremos com aquele famoso "efeito hangover" do mercado. Por enquanto, o importante é que o Brasil virou notícia positiva no exterior – e isso, convenhamos, já não acontecia há algum tempo.