
Parece que o Brasil resolveu dar uma pausa no ritmo acelerado. Depois de uma sequência animadora de altas, a atividade econômica brasileira deu uma recuada em maio — e não foi pouco. O Banco Central divulgou os números do IBC-Br (aquele índice que é tipo um termômetro da economia), e a coisa não ficou bonita.
O que aconteceu? Bem, o índice caiu 0,45% em maio na comparação com abril. E olha que abril já tinha sido fraquinho, com crescimento de apenas 0,01%. Parece que a economia resolveu tirar um cochilo depois daquela maratona de crescimento.
Os Números Que Não Mentem
Vamos aos detalhes que doem:
- Queda de 0,45% em maio frente a abril
- No acumulado do ano, ainda tem crescimento (1,69%) — mas é aquela história: será que vai segurar?
- Nos últimos 12 meses, subiu 2,49%
E tem mais: se comparar com maio do ano passado, até que teve crescimento (1,64%). Mas convenhamos — depois daquela sequência de altas, essa queda veio como um balde de água fria.
Setores Que Puxaram o Freio
Não adianta procurar culpado único. A indústria tá meio sem gás, o comércio oscilando que nem preço de ação ruim, e os serviços — que costumam segurar as pontas — também não deram muita ajuda. Até o agro, nosso queridinho, parece que deu uma segurada.
Os economistas tão com aquela cara de "eu sabia". Muitos já vinham alertando que o crescimento tava meio artificial, sustentado por medidas temporárias. Agora, com juros ainda altos e o consumo das famílias apertado, o tombo não chega a surpreender.
E Agora, José?
O grande medo é que isso aqui vire uma tendência. Um mês de queda até vai — todo mundo tem direito a um deslize. Mas se junho e julho seguirem o mesmo caminho, aí a conversa fica séria.
O governo, claro, minimiza. Diz que é "ajuste sazonal", "oscilação normal". Mas os mercados já começam a coçar a cabeça, revisando projeções. Será que o tão sonhado pouso suave da economia vai ser mais turbulento que o esperado?
Uma coisa é certa: o Copom vai ter mais um dado complicado na mesa na próxima reunião. Cortar juros com a economia vacilando não é decisão simples. E nós, meros mortais, seguimos torcendo para que seja só um susto — e não o começo de uma maré mais complicada.